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Osteopatia: o que é, para que serve e seus benefícios

Atualizado em 07 de julho de 2021
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A osteopatia, apesar de não muito tradicional no Brasil, é um tratamento bem conhecido na Europa, principalmente na Espanha e na França. Foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still em 1874, como uma alternativa à medicina tradicional — assim como o rolfing e a acupuntura.

De acordo com os osteopatas, em alguns casos pode ser mais eficiente que procedimentos convencionais, tais como quiropraxia, fisioterapia e outros tipos de massagens.

No Brasil, a osteopatia é uma especialidade da fisioterapia. Então, é necessário ser fisioterapeuta e fazer uma pós-graduação em osteopatia para exercer a profissão. 

O que é a osteopatia e qual sua função?

A osteopatia é uma técnica de terapia manual que visa o equilíbrio do corpo, considerando-o como um todo. “Na osteopatia, enxergamos o corpo como uma coisa inteira, não o separamos em musculatura esquelética, sistema digestivo, cardiovascular, respiratório etc”, explica a osteopata Diane Fernandes.

O tratamento busca fazer com que o corpo trabalhe em homeostase, ou seja, que seja capaz de se autoequilibrar. “Quando começamos a adoecer, essa capacidade de equilíbrio está desregulada por algum motivo. Assim, na sessão, buscamos encontrar e tratar a causa principal do desequilíbrio e não os sintomas”, diz.

Como é e quanto tempo dura o tratamento?

As consultas duram cerca de 60 minutos. Apesar de ser possível notar uma melhora na primeira consulta, em média são necessárias 5 sessões para ter um bom resultado. No entanto, os resultados são muito individuais. “Quanto mais crônico é o problema, teoricamente, mais se demora para tratá-lo”, explica. De uma sessão para outra, o intervalo mínimo é de 1 semana.

A osteopata conta que assim que o paciente chega, ele é questionado das “principais razões de ter buscado o tratamento. Depois as informações são complementadas por meio de respostas sobre o seu funcionamento digestivo, se sofre de gastrite ou de dores de cabeça, como estão sendo as noites de sono, se já sofreu algum acidente ou queda grave e se realizou cirurgias. No caso das mulheres, questionamentos sobre a parte hormonal e menstruação também são comuns”.

Para quem é recomendado?

Segundo Fernandes, a osteopatia é indicada para todos, esportistas ou não.” Desde sua forma preventiva até a sua forma curativa, é um tratamento que funciona muito bem”. E explica: “Costumamos atuar no nível subclínico, o corpo às vezes tem algumas alterações que não são manifestadas de maneira intensa. A consulta permite que esses desequilíbrios sejam tratados antes que se tornem algo mais sério”.

Questionada como o tratamento beneficia os corredores, a osteopata esclarece que o tratamento “é interessante para quem corre. Porque a corrida é um esporte de alto impacto. Não é incomum que o osso navicular ‘desça’ por conta desse impacto, assim causando uma fascite plantar e uma sobrecarga no pé. O osteopata é capaz de reposicionar essa baixa do navicular antes que surja essa inflamação na planta do pé”.

Além disso, ajuda na recuperação pós-treino, principalmente se houver pequenas alterações musculares. “Um caso comum são atletas que sofrem com estiramentos no posterior da coxa, isso se dá por conta de um desequilíbrio na movimentação da pelve. A gente consegue corrigir essa movimentação antes de surgir a lesão”, diz.

Existem contraindicações?

Não há contraindicações para a osteopatia em si, porém há algumas ressalvas para determinados casos. “Por exemplo, em um paciente com osteoporose, não podemos fazer técnicas manipulativas. Em situações assim, utilizamos outras técnicas”.

(Fonte: Dra. Diane Fernandes, fisioterapeuta do Hospital Sírio-Libanês e certificada em osteopatia pela Escola de Osteopatia de Madrid – CREFITO: 134979-F/SP)