Dor sacroilíaca: o que é e como evitar

Atualizado em 19 de dezembro de 2017
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Uma das responsáveis por garantir a estabilidade da pelve e dissipar as cargas do tronco para os membros inferiores, a articulação sacroilíaca (ASI) é uma das maiores do corpo humano – apesar do pequeno grau de movimentação que exerce. É composta pelos ossos sacro e ilíaco – que fazem parte da bacia – e une a pelve à coluna. A inflamação da ASI pode aparecer em corredores, principalmente os que estão acima do peso e os que não se dedicam ao trabalho de fortalecimento muscular.

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Como identificar
A dor sacroilíaca começa na região lombar e desce para a virilha – passando pelos glúteos. Muitas vezes, pode ser sentida em apenas um dos lados. Um ponto de referência são aqueles “furinhos” localizados entre o final da lombar e o início da nádega. Como os sintomas são muito parecidos com os de hérnia inguinal, hérnia discal, síndrome do piriforme e pubalgia, a avaliação médica é indispensável.

Causas
O aumento no estresse articular pode ser um dos problemas que geram essa lesão. Discrepância no comprimento das pernas, anormalidades na biomecânica da corrida, exercícios exaustivos e prolongados, escoliose (desvio da coluna vertebral para esquerda ou direita), obesidade e desequilíbrios musculares da região abdominal, lombar e do quadril são algumas das causas.

Pessoas que já passaram por algum tipo de cirurgia na coluna também podem sofrer com a dor sacroilíaca – por conta de uma possível frouxidão ligamentar, pela retirada de enxerto do osso ilíaco ou por uma hipermobilidade pós-operatória.

Tratamento
Os médicos, geralmente, cuidam dessa lesão de maneira conservadora, com fisioterapia, mas uma cirurgia pode ser necessária. Há ainda o procedimento com injeções intraarticulares.

O primeiro passo dos fisioterapeutas é controlar a dor e o processo inflamatório utilizando eletrotermofototerapia (pequenas ondas de luz e choque na região), kinesio taping e terapia manual. Em seguida, o profissional identificará possíveis causas relacionadas a erros nos treinamentos e fará a correção. Desequilíbrios musculares também serão verificados e ajustados, principalmente da região do core (abdominal e lombar) e quadril, além de alterações posturais estáticas ou em movimento. Por último, o atleta será devolvido aos treinamentos com uma orientação desses exercícios preventivos de fortalecimento específico.

Prevenção
A melhor forma de prevenir é fazer um check-up completo antes do início das atividades físicas (veja quais médicos se consultar na reportagem Antes de correr, vá ao médico). Além disso, manter uma rotina de fortalecimento muscular – com o acompanhamento de um educador físico – é fundamental. Exercícios educativos e funcionais também podem ajudar.

Fonte: Leonardo Pires e Bárbara Alves, fisioterapeutas do Instituto do Atleta (INA), em São Paulo