Dor no joelho? Pode ser o menisco

Atualizado em 20 de dezembro de 2017

Dentre as regiões no corpo do corredor que mais sofrem problemas estão os joelhos. Como essa é a maior articulação do corpo (e a mais vulnerável por sofrer muito impacto durante a corrida), as lesões acabam se tornando comuns. E o menisco é um dos que mais sofre com todo esse processo. A estrutura fibrocartilaginosa, que funciona como amortecedores das forças aplicadas no joelho, é um tecido que fica entre a cartilagem da tíbia e do fêmur. Danos no menisco podem travar os joelhos e emperrar a sua corrida.

Se tem algo frustrante para um corredor é se preparar, treinar forte e acabar fora de uma prova por conta de uma lesão. Diversos corredores já sofreram com esse problema. Às vezes o azar tem sua parcela de culpa e a lesão se torna inevitável, mas em boa parte dos casos simples cuidados podem diminuir as chances do prejuízo aparecer.

 

 

Muitas vezes, ele pode sofrer rupturas, apresentando sintomas como dor localizada com períodos de alívio, incômodo agravado por determinados movimentos como agachar e cruzar as pernas, inchaço e o temido travamento. Elas ocorrem por sobrecarga de peso, exagero nos treinamentos, trauma rotacional, torção e degeneração da região. No entanto, muitas vezes o corredor percebe a dificuldade e não a trata, podendo agravar ainda mais a situação.

Para que você não sofra com o problema, é importante fortalecer a musculatura das pernas. Mas caso apareçam os incômodos, o mais importante é buscar um diagnóstico rápido para as dores.

Mas não precisa ficar assustado, pois a boa notícia é que agora o tratamento é menos invasivo. Até pouco tempo acreditava-se que a melhor forma de tratar a lesão era pela artroscopia, com a retirada do fragmento lesionado, o que era suficiente para aliviar a dor, as queixas de travamento e fazer com que o corredor retornasse ao esporte em 20 ou 30 dias.

No entanto, pesquisas realizadas nos últimos 20 anos por especialistas da área mostram que a grande maioria dos pacientes submetidos a este procedimento apresentou algum grau de artrose do joelho. Assim, o consenso mundial hoje é que é preciso preservar ao máximo o menisco em pacientes jovens com lesões extensas e naqueles que têm pernas tortas, casos que podem evoluir mais rapidamente para a degeneração, tornando o problema mais difícil de ser tratado.

Agora o procedimento foi substituído pela retirada parcial, sutura e até transplante, o que preserva o menisco durante a cirurgia. A técnica agride menos o joelho do corredor, mas leva pouco mais tempo de recuperação, podendo passar de um mês.

(Fonte: Rene Abdalla, responsável pelo Instituto do Joelho HCor)