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Diferentemente da natação, a corrida é uma atividade natural para o ser humano, de modo que seu aprendizado costuma ocorrer sem passar por orientação técnica. Assim, é comum corredores experientes apresentarem vícios ou falhas na biomecânica, que são facilmente percebidos quando referentes às passadas ou pisada, porém raramente recebem atenção se localizados nos membros superiores — onde, apesar de não causarem lesões, podem reduzir drasticamente a eficiência da corrida.
Treinador da Purplepatch Fitness e responsável por atletas como Chris Lieto, Linsey Corbin e Meredith Kessler — todos múltiplas vezes campeões de Ironman e 70.3 —, Matt Dixon explica que há uma diferença sutil, porém significativa, na técnica de braços de corredores de provas curtas e longas. Enquanto velocistas trabalham uma amplitude maior no “balanço” dos braços, com os cotovelos praticamente fixos em um ângulo de 90°, atletas de endurance são mais eficientes com uma angulação de cotovelos mais fechada e um movimento mais curto. A seguir, o treinador dá mais algumas sugestões para você melhorar sua técnica e, consequentemente, sua corrida.
1. Movimente os braços em pêndulo, para a frente e para trás
O balanço dos braços deve ser na mesma direção da corrida, sem movimentos desnecessários para os lados, em rotação ou cruzando na frente do corpo — que provocarão
perda de eficiência na corrida.
2. Balance os braços a partir dos ombros, não dos cotovelos
O eixo do movimento pendular deve ser o ombro, os cotovelos devem ser mantidos em angulação praticamente constante.
3. Observe o ponto em que sua mão passa ao lado do corpo
Para os velocistas, a mão deve passar rente à crista ilíaca, no quadril. Já os atletas que correm com os cotovelos mais fechados praticamente tocarão as costelas mais baixas durante o movimento de braços.
4. Mantenha ombros e mãos relaxados
Os ombros devem estar baixos e relaxados e as mãos com os dedos flexionados para dentro e polegares para cima (palmas das mãos viradas para o corpo, não para o chão), relaxadas e alinhadas com os antebraços. Cuidado para não cerrar as mãos com força, flexionar os punhos para trás ou elevar os ombros — qualquer tensão desnecessária consome energia.
5. Use os braços para ajudar na propulsão
A principal fase de trabalho é quando o braço vai para trás, ajudando a manter o equilíbrio e a postura adequada, com o corpo levemente inclinado para a frente. Nos corredores de longa distância, os cotovelos ficam entre 30° e 60° abaixo do ombro nessa fase e não passam do alinhamento do tronco quando as mãos vão à frente. A exceção é nas subidas: empurrar os braços para a frente ajuda a aumentar a amplitude das passadas e vencer o aclive.
Matéria publicada na revista VO2 Bike, edição 102
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