Como se recuperar entre os intervalos?

Atualizado em 29 de abril de 2016

O intervalo nos treinos é sinônimo de descanso para você? Saiba que nem sempre você deve pensar assim. É claro que muitas vezes a exigência do corpo é grande e a vontade de parar um pouco, também. Muitos pensam, até, que essa paradinha é realmente a melhor atitude a se tomar. A clássica cena de pessoas colocando as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego é comum. Mas estudos mostram que, em alguns casos, trotar ou caminhar é a melhor pedida. Especialmente quando o objetivo é correr mais rápido.

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Isso não significa que trotar é sempre o melhor. Na realidade, a atitude a ser tomada está relacionada à intensidade proposta para o treino. Por exemplo, se você quer desenvolver a capacidade aeróbia e o treino é de estímulos longos para recuperações mais curtas, a melhor opção para a recuperação é realizar uma corrida moderada ou caminhar, tudo dependendo da percepção de esforço, que deve oscilar de moderado a cansativo. Por outro lado, se você quiser melhorar a sua tolerância à fadiga, pode realizar estímulos curtos para recuperações mais longas e, neste caso, como a intensidade do esforço é bem maior (próximo a muito cansativo e exaustivo), a recuperação passiva é o mais indicado para que você não perca rendimento nos próximos tiros.

Quando correr é melhor
Recentemente, pesquisadores britânicos acompanharam os níveis de lactato de ciclistas durante a recuperação ativa e a passiva. Os resultados também mostram como os corredores devem se comportar. Isso porque a recuperação ativa diminui o nível de fadiga do corredor, visto que o lactato, considerado o principal indicador de estafa, após ser formado no músculo é direcionado à corrente sanguínea. Isso também faz com que correr mais rápido na próxima repetição fique mais fácil. Investir nas passadas mantém mais sangue fluindo nas pernas, pois a circulação periférica está estimulada. Assim, o sistema de retorno venoso do sangue fica mais eficiente, ajudando na remoção dos resíduos metabólicos que se acumulam na corrida.
Outro ponto importante observado no estudo: o VO2 máximo na recuperação ativa deixa o metabolismo mais acelerado durante todo o treino. Para quem tem como objetivo emagrecer, por exemplo, essa pode ser uma estratégia interessante.

(Fonte: Eduardo Dutra Roberto é responsável pelo grupo de corrida da Cia Atlhetica – Porto Alegre)