Redução do VO2 max com o avanço da idade

Atualizado em 31 de janeiro de 2018
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Devido à influência da condição cardiorespiratória sobre a independência funcional do indivíduo, sua qualidade de vida, doenças cardiovasculares e índice de mortalidade por causas diversas, é enorme o interesse pelas alterações relacionadas à idade no consumo máximo de oxigênio (VO2max). As pesquisas atuais mostram um declínio de 10% a cada década em VO2max para homens e mulheres, independente do nível de atividade.

O exercício intenso, se mantido a longo prazo, pode reduzir esta perda em até 50% no homem jovem e de meia-idade, mas isto não ocorre em homens mais velhos. As mulheres de meia-idade e mais velhas não parecem ser capazes de reduzir os índices de declínio em VO2max a menos de 10% por década, o que pode estar relacionado ao estado estrogênico. A manutenção de um treinamento intenso, no entanto, parece durar, na melhor das hipóteses, cerca de uma década e se limita a pouquíssimas pessoas. Os fatores que restringem a capacidade de manter o treinamento intenso ainda não são totalmente conhecidos, mas o envelhecimento, detém um papel importante segundo os estudos que demonstram que a manutenção do treinamento torna-se mais difícil com o avanço da idade.

A perda de VO2max relacionada à idade parece ocorrer de modo não-linear em associação às reduções na atividade física. Em indivíduos sedentários, este declínio não-linear geralmente ocorre durante os vinte a trinta anos de idade, enquanto nos atletas o mesmo declínio ocorre mediante a redução ou interrupção do treinamento. Os índices de declínio não-linear também são demonstrados em indivíduos acima de 70 anos. Este mecanismo parece ser devido a adaptações centrais e periféricas, primariamente sendo o decréscimo em freqüência máxima cardíaca (FC(max)) e em massa corporal magra (MM).

O treinamento físico não influencia os decréscimos em FC(max), mas a MM pode ser mantida em um determinado grau com um certo nível de atividade física. As recomendações de um treinamento devem incluir atividades aeróbicas de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva para a melhora da condição cardiovascular e saúde geral, bem como exercícios de musculação para o aumento da MM.