Viagem pela história na Maratona de Berlim

Atualizado em 26 de abril de 2016
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A Alemanha tem muita história para contar. Foi palco da ascensão do nazismo — e de todo o desenrolar do genocídio promovido por Adolf Hitler e suas tropas —, do socialismo versus capitalismo e de um muro construído para separar cada visão econômica, bem na capital. Embora o país já tenha tido arranhões em sua imagem, hoje atrai milhares de turistas que curtem conhecer um pouco mais sobre o passado, arquitetura, culinária e até mesmo saborear in loco cervejas tradicionais, como a Erdinger e a Warsteiner.

No quesito esporte, os alemães também merecem destaque. Sede de duas Copas do Mundo da FIFA, em 1974 e 2006, o país é palco de uma das mais importantes corridas de 42 km do planeta. Por ser rápida e completamente plana, a Maratona de Berlim é a prova favorita dos atletas que tentam melhorar suas marcas, e já permitiu seis quebras de recordes mundiais, entre eles o do brasileiro Ronaldo da Costa, em 1998, com o tempo de 2h06min05s. Também foi na capital da Alemanha que o etíope Haile Gebrselassie estabeleceu o melhor tempo na distância: 2h03min59s.

País: Alemanha

Prova: Maratona de Berlim

Data: 28 de setembro de 2014

Site: www.bmw-berlin-marathon.com

O que visitar

Palácio de Reischtag

Foi queimado em 1933 por Hitler e restaurado entre 1995 e 1999. O mais interessante da construção é sua arquitetura: tem cúpula de vidro e aço e o telhado é feito de material espelhado. Hoje sedia o Parlamento Federal Alemão e é aberto para visitas.

Museu judaico de Berlim

Inaugurado em 1933, esteve ativo por apenas cinco anos e foi fechado pelo regime nazista. Reinaugurado em 2001 em um novo edifício, a arquitetura é assinada por Daniel Libeskind. Conta a história dos judeus de 2 mil anos para cá.

Campo de concentração Sachsenhausen

Uma grande aula de história. Apesar de chocante, mostra, pela preservação, como era o cotidiano dos judeus presos entre 1936 e 1945, inclusive os locais em que dormiam.

Museu de Pergamon

Inspirado no Altar de Pérgamo, demorou 20 anos para ser erguido. É dividido em três setores: museu da antiguidade clássica, onde está o Altar de Pérgamo e as portas do mercado de Mileto; museu do Antigo Oriente Próximo, que apresenta a Porta de Ishtar e diversas artes islâmicas vindas da antiga Babilônia e da Suméria; museu de arte islâmica, onde há a Fachada de Mshatta, palácio do século VIII da atual Jordânia.

Portão de Brandemburgo

É o único portão que sobrou em Berlim e fica na rua que dá acesso à residência real. Também é o local de chegada da maratona.

Estádio Olímpico

Construído para os jogos de verão de 1936, recebeu a Copa do Mundo da Fifa de 2006 e, em 2009, sediou o Campeonato Mundial de Atletismo. Foi nesse estádio que o negro Jesse Owens conquistou quatro medalhas de ouro e desbancou Hitler, que tentava provar a superioridade dos arianos também nos esportes.

Muro de Berlim

Construído em 1961, separava o lado socialista, a Alemanha Oriental, do capitalista, a Alemanha Ocidental, durante a Guerra Fria. Sua queda representou o fim da guerra e a reunificação alemã. O antigo muro é hoje uma cicatriz no chão.

(Conteúdo publicado na edição 98 da revista O2 Por Minuto – junho de 2011)