O apoio do público que me comoveu na Maratona de Nova York

Atualizado em 22 de janeiro de 2019
Mais em Papo de Corrida

Apesar de ter recebido o convite para correr a Maratona de Nova York pela New Balance, em 2017,  só pude participar agora em 2018, quando ganhei uma segunda oportunidade. Assim, fui com mais seis amigos corredores privilegiados rumo à Big Apple.

Segui um treinamento de quase seis semanas e fora do objetivo para a prova. Por isso, sabia que não deveria me preocupar com tempo. O que estava valendo era a oportunidade de correr pela primeira vez essa major, que me trouxe novas amizades.

Dias antes da prova, e já em Nova York, participamos de alguns eventos organizados pela marca patrocinadora do evento — a New Balance — e fizemos o tour da expo, carregada de novidades e muito atraente, mas pequena diante de outras expos por aí.

Sobre a Maratona de Nova York, a organização é impressionante. A vibração positiva do público é algo que mantém os corredores motivados. É emocionante até para quem está mais focado.

A partir do km 3 até a chegada ao Central Park tem gente em todos os cantos das ruas e avenidas gritando e dando esse combustível.

Mesmo com as cãibras que surgiram a partir do km 35, não desanimei — justamente porque a energia do público tornava isso impossível. Bastava dar uma pequena caminhada e as pessoas já gritavam para eu voltar a correr!

A temperatura estava agradável. Os termômetros da largada apontavam 10°C; na chegada, algo em torno de 16°C. Para o meu gosto, é muito frio e acabei sofrendo com isso. Assim, larguei usando luvas e as mantive até retornar ao hotel.

Por mais que não estivesse 100% treinado para a prova, também não consegui prestar muita atenção aos belos lugares por onde a Maratona de Nova York passa.

No final concluí a prova em 3h37min, obviamente não satisfeito, mas contente por ter completado mais uma corrida.

Na volta ao hotel, outro fator motivante eram as pessoas dando os parabéns por ter corrido a prova. Esse gesto é cultural nos Estados Unidos, e me deixou muito comovido.

De comerciantes a policiais, não havia uma pessoa que não me parabenizasse. Quem sabe eu não volte a correr a Maratona de Nova York prova para me divertir e viver tudo de novo — só que, espero, mais treinado para a próxima!

*Por Rodrigo Roehniss