Crews levam corrida rebelde a celebração no Ibirapuera

Atualizado em 24 de novembro de 2017
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A parceria entre a Nike e a prefeitura de São Paulo para a revitalização de áreas de lazer do Parque do Ibirapuera foi celebrada em diferentes momentos neste domingo. De manhã, autoridades e atletas de renome reuniram-se para inaugurar a revitalização de áreas para prática de futebol e os percursos de corrida e caminhada. De tarde, apesar da forte chuva, oito crews fizeram corres de lugares diferentes da cidade até o local, levando o lado rebelde do esporte para a festa.

Do Beco do Batman, na Vila Madalena, saíram Closeyros (SP) e Pura Vida (RJ). Da Oscar Freire, nos Jardins, Damn Gang (SP) e Ghetto Run Crew (RJ). Do Parque das Bicicletas, em Moema, Movimente-C Authentic Crew e Vício Lifestyle (ambas de SP). E da Praça Clovis Bevilacqua, no Centro, Cria Crew (RJ) e Soul Training Crew (SP).

Corres com trajetos e distâncias diferentes, mas com uma mesma mensagem: a corrida pode ser feita na rua e não apenas em busca de marcas e recordes pessoais. É possível usar o esporte como uma ferramenta de integração social e de confraternização, como ficou claro assim que os grupos começaram a chegar à Marquise do Parque do Ibirapuera, por volta das 18 horas.

 

 

O encontro foi sob a marquise porque a chuva atingiu São Paulo com força durante toda a tarde de domingo. Mas os corres foram feitos debaixo d’água. E se alguém achava que o clima poderia quebrar o espírito de diversão e união que estes grupos pregam, bastava observar a felicidade da conclusão dos corres das crews para mudar de opinião.

Gritos, aplausos, passos de dança e abraços entre velhos e novos amigos. Tudo como aquecimento para mais momentos de celebração. Só que no Ibirapuera, em vez das caixinhas de som sem fio presentes nos corres, o som foi das pick-ups do DJ Nuts.

Mas já havia o clima de festa antes da corrida e até mesmo durante ela. Membros da Ghetto, por exemplo, em vez de desviar das poças nas calçadas dos Jardins pulavam nelas propositalmente. Para mostrar que não era água que iria atrapalhar quem viajou quase 600 km para fazer um corre.

“Nossa missão é conectar pessoas. Se tem duas, legal. Se tem cinco, ótimo. Mas se tem 30 e aqui em São Paulo, é fantástico”, resume o carioca Junior Negão, da Ghetto. Os corres contaram com a participação de entusiastas dos grupos, que se inscreveram ao longo da semana anterior para acompanhar a celebração.

No projeto de revitalização do Parque do Ibirapuera, a Nike contribuiu com novas sinalizações nos percursos de corrida e caminhada (as marcações contemplam trajetos de 1,5 km, 3 km e 6 km), além da reforma de um campo de futebol, agora com grama sintética.