Trabalhadores da F1 correm em autódromos pelo mundo

Atualizado em 11 de novembro de 2016
Mais em Papo de Corrida

A rotina de constantes viagens e longas horas de trabalho levou a maioria das pessoas que trabalham com a Fórmula 1 a adotar a corrida como principal atividade física. Eles aproveitam a calma dos circuitos ao fim dos dias e fazem seus treinos na mesma pista em que, horas antes, carros passam a 300 km/h, como nesta semana em que está programado o Grande Prêmio do Brasil da categoria, no autódromo de Interlagos. Correr em autódromo virou uma rotina.

O hábito de mecânicos, jornalistas e funcionários de equipes de correr nos circuitos levou à criação do site Run That Track, que reúne as informações de desempenho desses atletas amadores em seus treinos. Envolvidos em um dos ambientes mais competitivos do mundo, eles criaram uma competição adotando a mesma lógica de disputa do Mundial de F1.

Os corredores pontuam de acordo com seus desempenhos em cada etapa do calendário – há um ranking para cada circuito e outro com uma somatória de toda a temporada, tanto para os atletas, quanto para as equipes. A iniciativa já é tão popular que algumas empresas envolvidas na Fórmula 1 fornecem camisetas de treino personalizadas para seus funcionários correrem nas pistas pelo mundo depois de um dia de trabalho nos boxes.

 

 

Interlagos é considerado um dos circuitos mais difíceis do calendário para se correr a pé por causa das subidas e descidas nos 4,309 km – é também um dos mais curtos de todo o ano. O clima quente e úmido do verão brasileiro, mesmo à noite quando a pista é liberada para os atletas amadores, é outro fator de dificuldade específico de São Paulo.

O número de voltas dadas pelos trabalhadores nos autódromos também serve como base de cálculo para doações a entidades beneficentes feitas por um patrocinador da iniciativa. Desde 2010, quando o projeto foi iniciado, US$ 1,3 milhão já foi repassado. Correr em autódromo entrou para o calendário oficial dos funcionários da F1.