Antes e Depois: sem radicalismo, 30 kg a menos

Atualizado em 08 de agosto de 2016
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Alimentação desregulada, vida sedentária e pressão arterial controlada por medicamentos. Essa era a rotina do analista de sistemas Marcio Henrique Ghiraldelli, em 2012 (na época, com 34 anos). A prova disso era seu corpo: 125 kg. “Fiz uma viagem maravilhosa a Natal (RN), mas quando vi minhas fotos, decidi que era hora de mudar”, conta Ghiraldelli, que vive em São Paulo. Porém, nada de esporte. “Fui buscar a cirurgia bariátrica”, afirma. Por sorte, o médico escolhido pelo analista o encaminhou para um endocrinologista. “Ele insistia que eu tentasse, uma última vez, emagrecer com dietas e exercícios.” Chance dada, a corrida entrou na rotina de Ghiraldelli e, em pouco mais de um ano, perdeu 30 kg.

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Convencê-lo a desistir da redução do estômago, porém, não foi tarefa fácil. “Na preparação para a operação, tive que me habituar a mastigar mais vezes a comida, escolher alimentos mais nutritivos e ricos em ferro para ter uma vida alimentar regrada após a cirurgia.” Após dois meses com essas pequenas mudanças, Ghiraldelli conseguiu eliminar 5 kg. “Aquilo me fez acreditar que meu corpo merecia uma segunda chance.”

Nesse ponto, o esporte entra na sua vida. “Fiz natação quando era pequeno e meu irmão sempre gostou de mountain bike. Além disso, sempre acompanhei aquelas provas de triathlon que passavam na televisão.” Faltava apenas um esporte que poderia ajudá-lo: a corrida.

“Coloquei como minha primeira meta, correr 5 km sem parar”, lembra o analista. Ele treinava diariamente na esteira. “Inicialmente, apenas andava, mas aos poucos, comecei a colocar inclinação e tentar meus primeiros trotes, alternando com a caminhada.” Em 30 dias, ele cumpriu seu objetivo.

A mudança alimentar iniciada no período pré-operatório precisou se intensificada. “Comecei a focar bastante nos treinos, ingerindo carboidratos puros antes dos treinos (pão branco e massas) e proteínas e colágeno depois.” Bebidas alcóolicas estavam atrapalhando seu desempenho, por isso, resolveu cortá-las.

Com seu peso diminuindo, sua empolgação aumentava. Logo, ele comprou uma bicicleta speed e voltou à natação. Depois de perder 15 kg, Ghiraldelli encarou sua primeira prova. “Fui para os 10 km da etapa Outono do Circuito das Estações, em São Paulo, no ano passado.” Depois dessa, não parou mais.

Porém, o analista teve um susto. “Sofri uma lesão grave no joelho: rompimento degenerativo do menisco esquerdo.” Os treinos foram suspensos e Ghiraldelli temeu nunca mais voltar. “Nos primeiros dias, mal conseguia andar”, revela. Ele procurou ajuda de fisioterapeutas e, após três meses de tratamento e reeducação das técnicas de corrida, se recuperou totalmente.

Hoje, pouco mais de um ano depois de decidir fazer a cirurgia bariátrica, Ghiraldelli está com 95 kg – 30 kg a menos. Agora, seu foco está em completar uma meia-maratona, pela primeira vez. “Neste mês (abril), irei para a Argentina fazer a Media de B’Aires”, comenta. Seus objetivos para o futuro são o Ironman 70.3, em Brasília, no ano que vem, e – antes dos 40 anos – participar do Ironman mundial, no Havaí.

Ghiraldelli provou que é possível, de forma saudável, perder peso. De quebra, virou um atleta dedicado. “Acho que mostrei para mim mesmo que não existe obstáculo que não possa ser superado. Basta querer, desafiar-se e vencer.”

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