Valmir Nunes corre 100 milhas na neve nos EUA

Atualizado em 30 de maio de 2017
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Acostumado a enfrentar duros desafios, como a Badwater, com 217 km no Deserto do Vale da Morte, nos Estados Unidos, o ultramaratonista santista Valmir Nunes tem mais um grande teste de superação pela frente. No próximo sábado (dia 12), ele volta a correr em solo norteamericano, mas desta vez, num novo tipo de terreno, a neve, na Winter 100 Miler & 24 Hour Ultra Marathon, em Bufalo (NY).

Será a primeira vez que Valmir Nunes enfrenta uma corrida de longa distância exclusivamente na neve. “Eu não gosto do frio, mas vou encarar. Quando você está bem, tudo fica mais fácil, principalmente a parte emocional, que ajuda a superar todos os obstáculos. Acho que vou gostar muito pelo visual da corrida, que parece ser muito bonito”, comenta o atleta, que terá pela frente 160,93 KM (100 milhas), em quatro voltas de 40,25 km.

Aos 47 anos de idade, Valmir acumula mais de 30 títulos e, somando-se os pódios, são cerca de 50 conquistas internacionais ao longo dos 21 anos de corridas de longa distância, as ultramaratonas. Entre as grandes vitórias estão a Spartathlon (246 km), na Grécia, em 2001, e a Badwater (217 km), em 2007, em pleno deserto do Vale da Morte, ao calor de mais de 50 graus. Também foi bicampeão mundial dos 100 km, em 1991, na Itália, e 95, na Holanda.

Foi o recordista mundial dos 100 km, com 6h18min09s, de 95 a 98, recordista das Américas em 24 horas, com 273 km percorridos no período, e o mais rápido da Badwater, 22h51min29s. Outras conquistas marcantes foram o bicampeonato na Prova Pico Subida de Veleta, na Espanha, com 50 km só de subida íngreme; e os 100 KM de Nova Iorque, em 1993. “Ganhei todas as provas que sonhei e algumas que nem imaginava”, conta Valmir.

“Acho que as que eu vencer daqui para frente será por Deus, pois todas essas conquistas sempre foi Ele que me deu. O que me motiva a continuar correndo é o apoio dos patrocinadores, da família, das pessoas que encontro na rua e sempre me dão palavras de apoio e claro, os amigos que faço mundo afora”, acrescenta o atleta patrocinado por Memorial (há 20 anos) e Brooks.