Membros da Comissão Antidoping da Jamaica pedem demissão

Atualizado em 30 de maio de 2017
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Após a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) ter ameaçado excluir a Jamaica dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, por causa de seis atletas terem sido flagrados no exame antidoping – entre eles, os campeões olímpicos Asafa Powell, Veronica Campbell-Brown e Sherone Simpson – toda a diretoria da Comissão Antidoping da Jamaica (Jadco) pediu demissão, nesta última sexta-feira (23).

Os escândalos de doping com atletas renomados geraram uma grande crise nos bastidores do atletismo jamaicano. Ao todo, 11 membros da Jadco renunciaram aos seus cargos, mas só devem deixar a entidade no dia 31 de dezembro.

Por meio de um comunicado oficial, a ministra do esporte no país, a Natalie Neita-Headley, demonstrou respeito à decisão dos diretores. “Recentemente, os comissários da Jadco tiveram conhecimento da percepção pública de que há conflito de interesses entre alguns membros da Comissão. Então, tomaram a decisão para facilitar uma reestruturação na entidade”, disse a ministra.

Símbolo de uma geração vitoriosa no esporte jamaicano, o hexa campeão olímpico e atual recordista mundial dos 100 m e 200 m, Usain Bolt, nunca esteve presente em casos de doping. Mesmo assim, no mês de julho, durante uma entrevista coletiva realizada em Londres (Reino Unido), ele declarou apoio ao companheiro Asafa Powel, após o mesmo ter sido flagrado no exame.

"As pessoas cometem erros e que, como atleta, é necessário tomar cuidado. Há muito para ser discutido. É duro, mas é por isso que você possui um time para te ajudar. Ele [Powell] precisa ser forte" – declarou Bolt, na ocasião.