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Maresias-Bertioga: não faltaram desafios nos 75 km

Atualizado em 25 de outubro de 2016

Sabe aquela sensação indescritível de cruzar o pórtico de chegada de uma corrida? Multiplique por 75 km, oito trechos e várias horas pelas mais diferentes paisagens. Assim foi a segunda etapa do ano da Maratona de Revezamento Maresias-Bertioga, no último sábado, no litoral norte de São Paulo.

Cerca de 2,5 mil corredores se aventuraram na tradicional prova para testar uma novidade: a inversão do percurso. Divididos em duas largadas (6h15 e 6h30), os participantes das categorias solo, trio, sexteto e octeto saíram da areia da praia de Maresias rumo a Bertioga.

As íngremes serras até Juquehy foram o primeiro desafio da ultramaratona, intercaladas com trechos pela praia e pela terra. De Juquehy adiante, as subidas e descidas se tornaram mais raras, mas outros obstáculos apareceram para tornar o desafio ainda maior.

Como a chuva não deu trégua, trechos que deveriam ser tranquilos viraram pequenos rios com água mais alta. A terra se transformou em barro. A areia, se ajudou por não estar tão fofa, por outro lado estava mais pesada. Sinônimo de problemas? Pelo contrário: quem estava na Maresias-Bertioga queria mesmo era se desafiar.

 

 

A roupa encharcada e os tênis molhados pareciam mais um troféu extra que os corredores exibiam orgulhosos. A ausência do sol, geralmente um motivo de reclamação para quem está na praia, foi comemorada por aqueles que tinham longos trechos pela frente.

Mas o momento alto para a maioria, sem dúvida, foi a chegada. Não importava o nível de cansaço: quanto mais se aproximavam do pórtico montado na praia de Bertioga, os corredores encontravam forças que muitos deles nem sabiam existir. A emoção tomou conta dos finishers.

“Chorei nos últimos 30 quilômetros da prova”, resumiu Paulo Cesar Matos, vencedor da categoria solo, com o tempo de 6h07min46. “Só soube que estava em terceiro lugar no km 30. Aí logo avistei o segundo colocado e passei o primeiro no km 35. Não esperava ganhar a prova”, acrescentou.

No solo feminino, Claudia Souto mais uma vez sobrou. Por que mais uma vez? Ela havia vencido as últimas sete edições da Maresias-Bertioga e agora conquistou seu oitavo título. Seu tempo foi de 6h55min55, num pace médio final de 5min33/km.

“Gostei da experiência da mudança de sentido, chegando em Bertioga. Foi uma prova nova e ótima, com um sabor de primeira vez. A largada com os trios foi tumultuada, mas para mim fluiu bem e não tive problemas. Adorei”, disse Claudia.

Também teve muita emoção em uma chegada especial. A japonesa Tomiko Eguchi, de 66 anos, fez o trajeto solo acompanhando o alagoano João Batista, que usa muletas por ter uma perna amputada. Eles largaram antes, por volta das 3h, e enfrentaram os mesmos 75 km. Inspiração para muitos, Tomiko e João mostraram que superação não tem limite. Eles e os demais 2,5 mil corredores.

Veja os vencedores:

Solo Masculino
1) Paulo Cesar Matos Andrade (AC Assessoria) – 06:07:46
2) Eduardo Shimizu de Gouveia (Alcance Team) – 06:09:54
3) Francinaldo Alves de Sousa (#Corremonstro) – 06:15:37

Solo Feminino
1) Maria Claudia Ferreira Souto (Skechers-Cia de Eventos) – 06:55:55
2) Patricia Aparecida Dos Santos (Grinfa Represent/Phorte Academia) – 07:01:26
3) Analu Brandão Shiota (AABB) – 07:36:07

Trio Masculino
1) D-Run Bionexo – 04:46:54

Trio Feminino
1) Instituto Aica Forest Girls – 06:08:51

Trio Misto
1) Equipe Jabaquara de Corridas – 05:30:55

Aberta (6 atletas) Masculino
1) Volt Runners Team – 04:56:16

Aberta (6 atletas) Feminino
1) Brutas Sem Limite Runners Cover – 05:54:17

Aberta (6 atletas) Mista
1) Equipe dos Amigos – 05:17:15

Força Livre (8 atletas) Masculino
1) Top Runners – 04:59:18

Força Livre (8 atletas) Feminino
1) Iron Life Assessoria Esportiva – 06:19:35

Força Livre (8 atletas) Mista
1) Olimpia Running – 05:03:30

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