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Mulher que mudou a corrida volta à Maratona de Boston 50 anos depois

Atualizado em 24 de março de 2017
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Até 1967, apenas homens podiam participar de provas de corrida de rua nos Estados Unidos. A responsável por quebrar esse tabu foi Kathrine Switzer, primeira mulher a disputar a Maratona de Boston. Cinco décadas depois, Switzer volta ao mesmo palco. Aos 70 anos, ela confirmou que correrá a Maratona de Boston, no próximo dia 17, para celebrar um momento histórico.

Foi lá que Kathrine Switzer viveu um episódio constrangedor: Jock Semple, um dos diretores da maratona, ordenou aos berros que ela deixasse a disputa e entregasse o número em seu peito. Protegida pelo namorado, que empurrou o organizador, ela não teve sua presença oficialmente registrada, mas abriu caminho para que milhões de mulheres passassem a se interessar pelo esporte.

 

 

Como apenas homens disputavam maratonas na época, ela achou curioso o fato de não haver nenhuma especificação de sexo no momento da inscrição. Decidiu, então, se inscrever utilizando suas iniciais – K. V. Switzer, estratégia adaptada de autores que costumava ler, como J. D. Salinger ou T. S. Elliot.

Exceto pela reação destemperada do diretor, ela recebeu muito apoio dos outros corredores na ocasião. Satisfeita em romper o tabu, ela calcula que tenha finalizado a Maratona de Boston naquele ano em torno de 4h20min.

261 Fearless
A norte-americana nascida na Alemanha é responsável pela campanha 261 Fearless, uma organização internacional sem fins lucrativos com objetivo de empoderar outras mulheres na corrida e ajudá-las a superar seus objetivos. O número é uma referência à inscrição de Kathrine Switzer na prova de 1967.

A organização conta com apoio da Adidas, que irá fornecer equipamentos de corrida e expertise para o 261 Fearless, criando estratégias para ajudar a comunidade a abrir novos caminhos na corrida.