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Como a corrida ajudou garota com síndrome de Down a superar desafios

Atualizado em 03 de março de 2017
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Excesso de peso, problemas de biomecânica, cirurgia e uma doença autoimune são apenas algumas das barreiras que a americana Kayleigh Williamson, de 26 anos, já enfrentou em sua vida. Portadora de síndrome de Down, a garota encontrou na corrida uma forte aliada que lhe dá forças e confiança para superar desafios.

Sua história ficou conhecida depois que ela completou recentemente a Meia-maratona de Austin, no Texas. Com a ajuda de sua mãe e de sua médica, e o apoio de amigos, Kayleigh conseguiu cruzar a linha de chegada em 6h22min56s. “Estava muito orgulhosa de mim mesma quando terminei”, disse a garota, que comemorou o feito com uma dancinha.

Sua história toda é um exemplo de como superar desafios. A jovem teve que se submeter a uma cirurgia para retirar o baço, órgão responsável pela captação e destruição das plaquetas. Além disso, ela sofre com uma doença autoimune que leva ao funcionamento excessivo da sua tireoide.

 

 

Para combater esses problemas e o excesso de peso, desde adolescente Kayleigh se mantém ativa. Começou com caminhadas há muitos anos com sua mãe e, aos poucos, as duas passaram a correr. No ano passado, a garota participou de um desafio que englobava uma série de provas. Ela chegou a fazer uma de 8 km e outra de 16 km, mas sofreu muito com dores na perna e no tornozelo.

Quando sua mãe disse que iria correr a meia-maratona, sua filha se animou com a ideia e quis acompanhá-la. Para conseguir encarar o desafio, contou com a ajuda de profissionais especializados em biomecânica e reabilitação, pois ela tem articulações super flexíveis e que precisam ser trabalhadas para aguentar todo o impacto.

Durante a prova, não faltaram oportunidades para Kayleigh pegar “caronas” com as vans de apoio, mas a garota fez questão de completar todo o trajeto a pé. “Quando ela cruzou a linha de chegada, eu deixei de vê-la como uma menina que precisa ser protegida e passei a enxergá-la como uma mulher que pode enfrentar o mundo”, disse sua mãe. “Espero que a determinação dela inspire muitas outras pessoas com síndrome de Down e necessidades especiais a praticarem corrida”.