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12 pessoas correm São Silvestre com o mesmo número

Atualizado em 05 de janeiro de 2018
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A São Silvestre montou uma estrutura idealizada para evitar a presença de “pipocas”, como são conhecidas as pessoas não inscritas que correm uma prova. O monitoramento da área de largada, entre a Alameda Santos e a rua São Carlos do Pinhal, e a triagem para desviar os “pipocas” não foram suficientes para intimidar os intrusos. Uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo informou que ao menos 12 pessoas com camisetas da equipe de corrida Run Up, de Sorocaba, participaram da competição usando o mesmo número de inscrição (23023).

Foram postadas nas redes sociais diversas imagens de atletas correndo pelo trajeto da prova mais tradicional do Brasil com o mesmo número de peito. Em uma delas, dois homens corriam com a inscrição 23023. Em outra, eram mulheres que levavam a numeração na parte da frente da camiseta da Run Up.

De acordo com a Folha, o inscrito de número 23023 não consta na lista de resultados da edição de 2017. Os organizadores verificaram os registros e descobriram que a inscrição pertencia a Valter Pereira da Silva, de 54 anos, membro da Run Up. Os outros membros que apelaram à fraude para correr a São Silvestre ainda não foram identificados.

 

 

Não foi a primeira vez em que a Run Up fez uso indevido do número de identificação. Em 2015, três mulheres com a camisa da equipe apareceram em fotos com o mesmo número de peito (24873). No ano anterior, a inscrição 22466 aparecia na camiseta de mais de um participante.

A Run Up confirmou que alguns de seus integrantes participaram da prova de forma irregular, mas reforçou que “repudia veementemente qualquer prática antiética e antiesportiva”. Gisele Bruni e Henrique Aparício Júnior, advogados da equipe sorocabana, garantiram que a assessoria irá arcar com os custos referentes às inscrições fraudulentas.

A assessoria de imprensa da São Silvestre declarou que a organização irá apurar todos os problemas e acionar judicialmente os envolvidos no episódio, que também serão desclassificados e banidos. Para 2018, as dinâmicas para evitar a entrada de pipocas serão ampliadas, informou o comitê organizador.