Atleta Rosie RuizFoto: Atleta Rosie Ruiz

Morre aos 66 anos a corredora que ficou conhecida por trapacear na Maratona de Boston de 1980

Atualizado em 21 de agosto de 2019
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A atleta Rosie Ruiz morreu no mês passado de câncer em sua cidade natal na Flórida. Ela era conhecida como a mulher que pulou para a reta final da Maratona de Boston de 1980 levando a vitória feminina na frente da verdadeira campeã, Jacqueline Gareau.

Rosie começou a vida de corredora na maratona de Nova York um ano antes da de Boston. Pessoas que acompanhavam a corrida afirmaram que no meio da maratona ela foi vista em uma estação de metrô indo para o Central Park, durante o evento, pulando todo o percurso  para ficar mais próxima do fim da corrida.

Ela cruzou a linha de chegada primeiro que todas as demais atletas se queixando de ter machucado o tornozelo. As pessoas que assistiam a corrida duvidaram e não acreditaram que ela tinha chego em primeiro lugar, pois não apresentava nenhum sinal de estar cansada e suada como os demais corredores estavam, principalmente após uma corrida debaixo de sol forte e um percurso de 26 km . Nas fotos tiradas durante o evento, mostraram que ela realmente não apresentava nenhuma alteração física e hormonal desde o início da corrida, o que era impossível acontecer.

Mesmo com todas estas suposições, se classificou para a Maratona de Boston. A história dela foi repercutindo, até que as autoridades que avaliam as maratonas, iniciaram uma investigação e descobriram que ela realmente pulou etapas na corrida de Nova York, sendo desclassificada. Oito dias após a corrida de Boston, foi novamente desclassificada.

Ruiz, em todas as situações, afirmava que não cortou caminho e percorreu toda a distância da corrida se recusando a devolver a medalha que conquistou. 

Toda essa cena feita pela corredora, renderam boas expressões e símbolos sobre ela. Os atletas criaram a expressão “Fazendo uma Rosie” como uma gíria para os corredores que cortam o curso, e nas atuais corridas de Boston, há uma placa escrito “Rosie começou aqui” e camisetas com o símbolo do metrô, em homenagem a ela.

Anos depois, Rosie Ruiz se envolveu em crimes como produção de cheques sem fundos, falsificações de documentos e tráfico de cocaína, devido a uma cirurgia que realizou para remover tumores no cérebro, mas respondeu em liberdade condicional e viveu por muitos anos trabalhando no setor imobiliário e cuidando de seus filhos com o marido até seu falecimento.

De acordo com pessoas da família, a causa de sua morte não estava relacionada a cirurgia e nem a sua infâmia em Boston.