Caso Salazar: Mo Farah não fez antidoping

Atualizado em 30 de maio de 2017

A  polêmica sobre o técnico norte-americano Alberto Salazar, tricampeão da  Maratona de Nova York  e atual treinador do Nike Oregon Project (NOP), centro de treinamento que fica nos Estados Unidos, e seus pupilos Mo Farah e Galen Rupp tem um novo capítulo. Segundo  informações do jornal Daily Mail, a principal estrela treinada por Salazar, Mo Farah, teria negligenciado exames antidoping durante os Jogos Olímpicos de 2012, já que o corredor teria perdido dois testes antes da Olimpíada, ocasião em que o britânico ganhou duas medalhas de ouro, uma pelos 5.000 metros e outra pela prova de 10.000 metros.

No entanto, até agora a história não havia respingado em Mo Farah, que ainda não havia sido citado no caso, apesar de mostrar-se bastante abalado,  chegando a abandonar o GP de Birmingham, do qual participaria no começo de junho. O bicampeão olímpico chegou, inclusive, a defender seu treinador. “Estou muito chateado com essa situação injusta. Eu não fiz nada de errado e o meu nome está sendo arrastado na lama. Isso sai do meu controle e eu quero uma resposta. Salazar tem provas contra as acusações, por isso estou ao seu lado.  Eu serei o primeiro a romper relações se as acusações se comprovarem”, argumentou.

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Mas, ainda segundo o Daily Mail, o atleta não teria feito um exame antidoping em 2010 e outro em 2011, quando alegou não ter ouvido a campainha de sua casa para a realização do exame. O possível erro de Mo Farah teria sido apontado por advogados da UK Antidoping, uma organização britânica que cuida da proteção do esporte no Reino Unido. Porém, a agência antidoping não quis comentar o assunto.

Denúncia da BBC
A  história começou  quando o coach de Mo Farah foi acusado pela  rede britânica BBC, em parceria com a  ProPublica, de estar envolvido em diversos casos de doping, sendo o mais importante deles o de Galen Rupp, recordista norte-americano dos 10.000 metros e prata na mesma distância nos Jogos Olímpicos de 2012. O atleta do NOP supostamente teria ingerido substâncias proibidas para o aumento de performance desde os 16 anos, tudo incentivado pelo técnico Salazar.