2ª Maratoninha de SP reuniu atletas mirins no Ibirapuera

Atualizado em 25 de abril de 2016
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A 2ª edição da Maratoninha de São Paulo Corrida Infantil foi uma verdadeira festa do esporte para crianças e adolescentes na manhã deste sábado, reunindo mil corredores de 6 a 15 anos na pista sintética do Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo do Ibirapuera. O grande objetivo do evento é despertar o interesse pelo atletismo, considerado o esporte-base.

A Maratoninha de São Paulo mostrou o quanto o esporte pode ser democrático, reunindo crianças carentes, de vários projetos sociais, e das escolas mais renomadas da cidade, na mesma raia. Já a participação das crianças menores de 6, 7, 8, 9 e 10 anos fez também a festa de muitos pais, orgulhosos pela simples presença dos filhos na competição.

As diferenças podem ser notadas nas provas que reúnem os corredores mais velhos, de 14 e 15 anos, os únicos que concorrem a troféus e a um lugar no pódio. Abaixo de 13 anos, o torneio é meramente participativo, sendo que todos os inscritos, no entanto, ganharam medalhas.

Nos 15 anos, por exemplo, Rafael Martins veio de Jundiaí (SP) para ganhar o bicampeonato. Depois de ter vencido os 300 metros em 2009, ganhou este ano os 600 metros com muita facilidade. Aluno de atletismo do Conjunto Poliesportivo Dr. Nicolino de Lucca, o Bolão, ele está sendo preparado para ser decatleta. “Tenho muita facilidade em todas as provas e corro dos 100 aos 1.500 metros e faço também salto em distância e em altura”, comentou, fazendo questão de lembrar que é treinado pelos professores Mian e Valéria.

Já na categoria feminina Valéria Faraguti competiu pela primeira vez e ganhou a prova de 600 metros. Ela faz esporte na escola, mais exatamente no Colégio Adventista do Tucuruvi, e participou da competição apenas como um teste. “Vim de brincadeira e acabei ganhando. Mas não foi fácil. Parece que a prova não ia terminar nunca.”

Nos 14 anos, o vencedor no masculino, Pablo Miguel Arruda, veio de longe. Ele e seus sete companheiros de equipe viajaram 30 horas de ônibus de Nossa Senhora do Livramento, no Mato Grosso, até o Ibirapuera, onde ficaram alojados sexta-feira. Ganhou os 300 metros com facilidade e com um detalhe: correndo descalço. “Estou acostumado. Treino e corro sempre sem tênis. Aliás, nem chinelo eu gosto de usar”, disse o corredor, treinado pela técnica Iracema Souza, num projeto social da cidade, que fica a 32 quilômetros de Cuiabá.

Outros momentos de emoção reuniram alunos da Escola de Esporte Adaptado da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), com crianças com vários tipos de dificuldades. “Fizemos um teste na semana passada para ver se algumas crianças, com problemas mais graves, poderiam participar e tudo deu certo. Só pedimos para a organização diminuir uma prova para 30 metros para ajudar os menorzinhos”, comentou Sileno Santos¸ coordenador de esportes da ADD.

Cerca de 50 crianças da ONG Alavanca, no Butantã, também participaram das competições deste sábado e depois seguiram para o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, na Rua Abílio Soares, para ver a exposição de seus desenhos organizada pelo Institulo de Desenvolvimento do Esporte, Entretenimento, Educação, Inclusão, Arte e Sustentabilidade (Ideeia).

A exposição foi montada Poliesportivo, local de retirada do kit de participação e chip de cronometragem aos inscritos na 16ª Maratona Internacional de São Paulo, como parte da iniciativa do Ideeia de apoiar, através de eventos esportivos, atividades educativas voltadas à questão ambiental.

As provas começaram com atletas-mirins de 6 anos e seguiram na ordem crescente de idade até os últimos, de 15 anos. Os corredores de 6 e 7 anos disputaram provas de 50 metros; os de 8 e 9, 60m; os de 10 e 11, 80m, os de 12 e 13, 100m; os de 14, 300m; e os de 15 anos, 600 metros.