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Os primeiros meses do corredor iniciante

Atualizado em 26 de setembro de 2018

Inúmeros motivos podem fazer com que você falte em um ou outro dia de treino, como uma gripe ou resfriado, uma indisposição ou um compromisso de trabalho. Mas como são os primeiros meses do corredor iniciante e quais as são os efeitos disso no treinamento de quem está começando?

Todo atleta leva tempo para se acostumar a praticar uma atividade física, pois a tendência é que o corpo lute contra isso no início. “Nosso organismo trabalha para manter tudo sempre em equilíbrio, como temperatura, frequência cardíaca, absorção de nutrientes etc.

Então, quando uma pessoa sedentária começa a se exercitar, o corpo passa por uma série de crises das quais ainda não está acostumado”, explica o treinador Jefferson Brasileiro de Souza. Faltar, portanto, a um treino durante esta fase inicial pode atrapalhar e até mesmo prolongar esse período de adaptação.

“A corrida tem que ser um momento de prazer para o aluno, mas, para isso, é preciso treinar com frequência. O início pode ser um pouco sofrido porque você está tirando seu corpo da zona de conforto, mas a tendência é que isso se torne cada vez mais fácil e prazeroso”, diz o professor.

Além disso, o aluno leva em torno de três meses para sentir alguma evolução nas passadas, o que pode desanimar o corredor iniciante. “Por isso sempre incentivamos o aluno a participar de uma prova de até 5 km para ele sentir a emoção e ficar mais motivado”, comenta.

 

 

Claro que o atleta não pode radicalizar e achar que em hipótese alguma ele poderá perder um treino, o que pode ser comum durante os primeiros meses do corredor iniciante. “Naqueles dias em que está chovendo ou que o corredor não está se sentindo bem, o melhor é ficar em casa, pois o custo dele ir treinar em um dia como esse pode ser maior, pois pode pegar um resfriado ou se lesionar”.

O que não pode fazer é faltar uma vez e nunca mais treinar. “tem que ter consciência de que no próximo encontro o aluno deve ir”, finaliza.

 

*Fonte: Jefferson Brasileiro de Souza (CREF 100025-G/SP), formado em Educação Física e pós graduado em Biomecânica; trabalha há seis anos com corrida, triathlon e ciclismo.