Golden Run São Paulo: uma corrida para descobrir a cidade

Atualizado em 14 de maio de 2018
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Esticar a passada na corrida não é uma prática vista com bons olhos pela maior parte dos fisiologistas e estudiosos de biomecânica. Mas esticar o período de permanência na maior cidade do Brasil, quando for correr a ASICS Golden Run São Paulo, em maio, é altamente recomendável.

A capital paulista se reinventa constantemente, e algumas opções de passeios são desconhecidas até mesmo pelos paulistanos que gostam bastante de bater perna. E alguns destes locais ficam nos arredores do trajeto da prova.

Perto do quilômetro 6 do percurso, na Avenida das Nações Unidas, há uma instalação da iFly, onde se pode simular a sensação de praticar saltos de paraquedas. Um cilindro de vidro com cinco metros de diâmetro e dez de altura funciona como um túnel de vento fazendo os visitantes flutuarem. Dois minutos no tubo equivalem a quatro saltos de paraquedas.

Também nos arredores do sexto quilômetro situa-se o bar Pirajá, destaque da cidade entre os estabelecimentos que tentam evocar a atmosfera de botequins cariocas. O chope de comemoração da medalha pode ser acompanhado por competentes bolinhos de mandioquinha, carne de sol, pimenta e catupiry.

Quem estiver na cidade acompanhado de crianças tem uma ótima opção no Museu da Educação e do Brinquedo, mantido pela USP. Fica perto do quilômetro 17 do percurso. É excelente para a geração que se entretém com tablet saber como seus avós se divertiam – há lá carrinhos e casas de bonecas da década de 40, jogos, bonecos e videogames da década de 80, além de fotos dos anos 20 e material pedagógico. Muitos marmanjos poderão reviver memórias gostosas da infância também.

Perto dos quilômetros 10 e 11 fica o Parque Villa-Lobos, um dos principais de São Paulo. São 612 mil metros quadrados de área verde, com pista de cooper e caminhada, ciclovia, tabelas de street basket e campos de futebol.

Não muito longe dali, o Mercadão de Pinheiros pede uma visita. Inaugurado em 1910, revitalizado em 2006, o local oferece, além de ampla variedade de frutas, legumes, verduras e peixes, unidades de restaurantes aclamados por críticos gastronômicos, como o Mocotó, a Napoli Centrale (especializada em pizzas italianas) e a Comedoria Gonzales, que oferece comida latina. Neste, a cozinha é comandada pelo chef boliviano Checho Gonzales. Os preços do Mercadão são mais em conta, em comparação com restaurantes do mesmo nível na cidade.

Quem só vai conseguir pensar no que fazer depois de tirar a cabeça de sua meta de tempo da prova, aqui vai uma ótima notícia. “O percurso deste ano está mais rápido do que o de 2017”, diz o treinador Ricardo Hirsch, da assessoria Personal Life.

“É interessante tomar cuidado nas subidas curtas, quando passar pelo viaduto da Cidade Universitária, tanto na ida como na volta. São trechos pequenos, mas há que se policiar para não ir rápido demais e não se cansar. Tente imprimir um ritmo que não gere muito desgaste. Controle a força que vai aplicar. Não adianta ir muito forte e ficar pelo caminho”, diz.