Como evoluir nos treinos de bike

Atualizado em 13 de junho de 2017

Muitas vezes, após anos de treinamento ou temporadas e mais temporadas de treinos e competições, o ciclista se vê estagnado. Isso acontece por se ter atingido o limite de desempenho, quando, apesar dos treinos intensos, não se consegue mais ganhar rendimento. Por que você não consegue mais evoluir nos treinos de bike? O que fazer?

Nessa hora, é necessário saber diagnosticar e analisar as possíveis causas para, então, fazer os ajustes finos no treinamento. Considere os seguintes pontos:

1. Analise se a sua periodização está coerente com o seu tempo de prática ou a sua experiência no esporte, com o nível de condicionamento físico e com o calendário de provas. Elaborar, planejar e periodizar o treinamento (tanto na bike, quanto o de força) de acordo com especificidades, individualidades e objetivos é muito importante para que o desempenho não caia na estagnação. Só assim você vai continuar evoluindo e alcançará resultados melhores.

 

 

2. Verifique se os estímulos de treinamento estão sendo os mesmo já por um longo período, pois um dos princípios do treinamento que visa o ganho de performance é o da variabilidade. Ou seja, você deve variar os estímulos durante o período de treinamento (intensidade, volume e frequência) com a intenção de promover adaptações fisiológicas e musculares de forma que você continue melhorando o desempenho.

3. Pense em treinar com grupos de ciclistas mais fortes. Às vezes você treina por muito tempo em um grupo de ciclistas (pelotão) que, de certa forma, o deixa numa zona de conforto. Para burlar isso e, consequentemente, dar um salto no desempenho, vale a tentativa de treinar junto com pelotões mais fortes. Isso dá mais motivação, tira você da tal zona de conforto e torna-se um desafio empolgante. Como resultado, você vai melhorar o desempenho gradativamente.

4. Dê o devido descanso ao corpo. Lembre-se, sempre, que descanso também é treino. Por isso, programe pelo menos um dia por semana de day-off, quando você se recupera dos desequilíbrios proporcionados pelo treinamento, assimila os estímulos e sobe um patamar no nível de condicionamento. Caso contrário, você pode entrar em overtraining e o seu rendimento pode piorar.
5. Cheque se você está dando o combustível certo para o seu corpo (e na quantidade adequada). Sente com um nutricionista para desenvolver uma estratégia nutricional (alimentação, suplementação e hidratação), que seja coerente com suas necessidades individuais e seus objetivos. Faz toda diferença no desempenho esportivo saber como, quando e o que comer.

(Fonte: Rogério Carvalho, educador físico, mestre em Estudos do Esporte pela USP, personal trainer e preparador físico de atletas de endurance. Também é membro do GEDAE – Grupo de Estudos do Desempenho Aeróbio da EEFE, da USP)