Tour de France exclui Astaná-Wurth

Atualizado em 28 de abril de 2016
Mais em Tour de France

POR LEANDRO BITTAR

A informação ainda não é oficial. O Tour de France só pode excluir uma equipe do Pro Tour com o aval da UCI. Mas o fato é que a Astaná-Wurth (Ex-Liberty) e a UCI receberam um comunicado afirmando que o time espanhol “não é bem-vindo” na competição e que a presença dele “é um dano na imagem do ciclismo e do Tour”. Essa informação é do jornal espanhol “El País”. Em nota oficial, a Astaná avisou que irá recorrer da decisão no Tribunal de Arbitragem Desportiva (TAS), em Lausane, na Suíça. O órgão é a instância máxima da justiça desportiva mundial.

A atitude dos organizadores do Tour de France pode resultar também na exclusão do alemão Jan Ullrich e do espanhol Óscar Sevilla. Os ciclistas da equipe T-Mobile podem ter uma relação com o escândalo confirmada em qualquer momento. O Tour não quer correr o risco de ter que punir os atletas com a competição em andamento, por isso, uma definição deve sair nos próximos dias.

Mesmo sem saber a resolução do TAS, o Tour quer eliminar qualquer possibilidade de “contaminação” antes do seu início. Imagina-se que a T-Mobile pode repetir o que fez a suíça Phonak, que excluiu provisoriamente José Enrique Gutíerrez e Santiago Botero, assim que os nomes destes atletas foram relacionados com o caso.

Óscar Sevilla já tinha sido obrigado a dar explicações para sua equipe em pleno Dauphiné Libéré, e a T-Mobile deu crédito ao atleta. Agora, a situação se mostra diferente. Uma vez excluída a Astaná, qualquer novo nome relacionado com o escândalo de doping espanhol também deverá ser excluído e o time pode não querer correr os risco de perder seu atleta durante a disputa.

Situação semelhante vive o alemão Jan Ullrich, um dos favoritos para a camisa amarela do Tour de France. Ullrich, que se irrita toda vez que vê seu nome relacionado nos jornais espanhóis ao escândalo de doping, foi mais uma vez citado e pode ser poupado por sua equipe e ficar de fora da disputa pelo bicampeonato. É bom lembrar que outros favoritos como Ivan Basso (CSC) e Alejandro Valverde (Illes Balears) tiveram seus nomes especulados por supostos envolvimentos com o médico Eufimiano Fuentes, preso pela polícia espanhola acusado de participar de um esquema de dopagem.

Até o momento a UCI não se pronunciou sobre a decisão dos organizadores do Tour de France. A entidade afirma que até o momento não existe provas suficientes e aguarda mais informações da justiça espanhola.

O Tour de France começa no dia 1/7, em Estrasburgo, na França.