Suspensão: UCI quer licença da Astana

Atualizado em 02 de maio de 2016

Nesta sexta-feira (27), a União Ciclista Internacional (UCI) pediu a retirada da licença da equipe Astana, do Cazaquistão, após analisar seus casos de doping no Instituto de Ciências do Esporte da Universidade de Lausanne, na Suíça. Caso seja confirmado, seus integrantes, incluindo o italiano Vincenzo Nibali (atual campeão do Tour de France), poderão ficar de fora das principais provas do ano, como o Tour de France, Giro D’Italia e Volta a España.

“Depois de revisão cuidadosa dessa extensiva investigação, a UCI fortemente acredita que existam motivos suficientes para entregar a questão à Comissão de Licença e pede que a licença da Astana Pro Team seja retirada”, diz a UCI em nota.

A Astana ainda tem o direito de levar o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte. Mas, caso ela perca a licença, o italiano Vincenzo Nibali ainda poderá participar das grandes competições de ciclismo de 2015. Isso, porque uma cláusula em seu contrato lhe permite sair da equipe se ocorrer problemas na licença e sem pagamento de multa.

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No verão de 2014, a equipe passou a ser investigada devido ao caso de doping dos irmãos Valentin e Maxim Iglinskiy. Além dele, também foram acusados Ilya Davidenok e outros dois atletas da equipe reserva, a Astana Continental, que acabou suspensa pela federação do Cazaquistão. Após esses casos de doping, em dezembro de 2014, a equipe teve a licença renovada, mas com determinadas condições da UCI, como uma auditoria para verificar a responsabilidade dos testes positivos de doping.

Fundada há oito anos, a Astana é dirigida pelo ex-ciclista ucraniano Alexander Vinokouroy, campeão olímpico em 2012 e que foi suspenso por dois anos devido à confirmação de doping em 2007.