Sastre só pensa no título do Tour

Atualizado em 28 de abril de 2016
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Por Cesar Candido dos Santos

O ciclista espanhol Carlos Sastre, terceiro colocado no Tour de France 2006 e quarto no 2007, garante que não entrará na competição deste ano para lutar por um pódio, e a único coisa que passa por sua cabeça é conquistar o título da prova.

“Estou tranqüilo e com gana de começar a disputa, pois esta é a única forma de acabar com todas as duvidas que existem. Não miro um terceiro lugar, pois vou disputar a prova que sempre me motivou e foi meu objetivo”, afirmou o capitão da equipe CSC.

Sastre afirmou que os modestos resultados obtidos nesta temporada não são um problema para o Tour, pois ele não é o tipo de ciclistas que precisa de vitórias para se sentir bem. “Os resultados que antecedem uma competição como o Tour servem como motivação e segurança. Mas existem corredores que necessitam disso mais que outros. No meu caso, só o Tour já serve como motivação”, disse.

O espanhol afirmou ainda que não teme uma concorrência na luta pela classificação geral dentro de sua própria equipe, que montou um time forte para a disputa da volta francesa e pode dedicar seus esforços aos irmão luxemburgueses Andy e Frank Schleck caso Sastre não demonstre uma boa performance.

“Não acredito que isto aconteça, pois cada um tem seu momento. Tenho na equipe alguns ciclistas com grande projeção, como o Andy Schleck, mas este será seu primeiro Tour e ele ainda precisa ganhar experiência”, disse.

Evans é favorito
Assim como os outros ciclistas que estarão na largada do Tour no dia 5 de julho, em Brest, Carlos Sastre acredita que o australiano Cadel Evans (Silence-Lotto) é o grande favorito para conquistar a camisa amarela em Paris. “Ele é o único participante que está na minha frente na luta pelo título”, afirmou o espanhol, que acredita que a ausência de seu compatriota Alberto Contador (Astana), campeão de 2007, não diminuirá os méritos do vencedor deste ano.

“Sem dúvida sua ausência será notada, e com ele a prova tomaria outro rumo. Mas não existem motivos para diminuir o feito de um ciclista capaz de superar mais de 3.500 m com calor, montanha, vento e chuva. Não acredito que alguém consiga fazer isto”, finalizou.