Rasmussen: "Minha carreira está arruinada"

Atualizado em 28 de abril de 2016
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Por Daniel Balsa

O dinamarquês Michael Rasmussen, demitido da Rabobank nesta quarta-feira, recebeu com raiva e desespero a notícia de que não seguiria no Tour de France 2007, restando quatro etapas para o final da competição da qual era líder.

Em entrevista ao jornal holandês “Algemeen Dagblad”, Rasmussen jurou inocência ao reafirmar que estava treinando no México, mas também disse que sua carreira ciclística ruiu.

“Estou farto, estou farto, estou farto…”, repetiu o dinamarquês. “Estou consciente de que minha carreira está arruinada. É um grande golpe para mim. Não faço idéia do que fazer e nem de onde ir”, completou.

A Rabobank dispensou Rasmussen pelo fato dele ter mentido sobre seu paradeiro, presumidamente para evitar controles antidopings surpresas enquanto treinava. Por este mesmo motivo, a Federação Dinamarquesa de Ciclismo já havia afastado o ciclista da seleção nacional.

Apesar do dinamarquês seguir afirmando que treinou no México, a Rabobank recebeu informações do ex-ciclista italiano Davide Cassani, hoje comentarista de TV, que ele se preparou para o Tour na Itália.

Há indícios de que a equipe só dispensou Rasmussen após ouvir Cassani, que teria visto o ciclista treinar em seu país natal.

“Não estive na Itália, de modo algum. Isso é uma história de um homem que disse ter me reconhecido. Não há nenhuma evidência. Theo de Rooy (diretor da equipe) não soube me explicar o que causou minha expulsão”, falou Rasmussen, que criticou o dirigente.

“Meu chefe está louco! Estava a ponto de ter um ataque de nervos. Ele não falou nada (sobre a dispensa de Rasmussen), nem mesmo aos diretores esportivos. Foi uma ação de um homem desesperado”, encerrou.