Horner: “A organização do Tour teve o que pediu”

Atualizado em 28 de abril de 2016
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Por Tadeu Matsunaga

Chris Horner (Radio Shack) criticou a decisão de incluir a descida do Stockeu na segunda etapa do Tour de France. Inúmeros ciclistas sofreram queda: o próprio Horner, Lance Armstrong (RadioShack), Christian Vande Velde e Tyler Farrar , ambos da Garmin. Robbie McEwen (Katusha) foi um dos envolvidos e foi levado ao hospital após o término da etapa.

O pelotão reagiu aos problemas anulando qualquer tentativa de ataque nos últimos quilômetros da etapa, e sem contestar o sprint de Sylvain Chavanel (Quick Step), que venceu a prova e assumiu a camisa amarela.

“Eles colocaram um percurso extremamente perigoso e veja o resultado? É isso o que acontece”, disse Horner. “Eles sofreram com as quedas e chegamos a um acordo, ninguém poderia sair beneficiado. Estúpida a decisão da organização do Tour e Cedric Vasseur para deixar uma etapa como essa na primeira semana. Na verdade, não deveria existir lugar para uma etapa dessas no Tour.”

Horner afirmou que ele e sua equipe sabiam dos riscos da descida do Stockeu, principalmente numa disputa de posição. “Claro que sabia que era perigoso e que iria chover. Sabíamos. Descida é perigosa no seco ou no molhado, e você – louco – precisa descer!”

“O percurso era perigoso demais para estar no Tour de France. Várias bicicletas deslizaram, foi um risco grande”, lembrou.

Questionado sobre quem iniciou a idéia de reduzir o ritmo e aguardar os demais ciclistas, Horner foi direto. “Partiu de todos nós. Você compreende e entende o lado do companheiro. Cedo ou tarde os ciclistas iriam protestar contra isso”, encerrou.