Dirigentes comemoram exclusão de Rasmussen

Atualizado em 28 de abril de 2016
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Em entrevista coletiva realizada na cidade de Pau, local de onde os ciclistas iniciaram a 17ª etapa do Tour de France 2007, Patrice Clerk, presidente da organizadora do evento, a ASO, e Christian Prudhomme, diretor da prova francesa, falaram sobre o afastamento do dinarmarquês Michael Rasmussen da Rabobank.

Em decorrência do episódio, pela primeira vez na história, a competição inicia uma etapa com o camisa amarela impedindo de competir, já que Rasmussen era o líder do Tour.

“A saída de Michael foi a melhor coisa que aconteceu nos últimos dias”, declarou Prudhomme. “O que interessa, antes de mais nada, é que queremos devolver a prova as milhares de pessoas que a segue e a amam. O Tour continua com ciclistas que amam seu esporte e o praticam respeitando as regras”, prosseguiu.

A Rabobank decidiu pela demissão de Rasmussen após o ciclista mentir sobre o local de sua preparação para o Tour de France 2007. O dinamarquês declarou que treinava no México, quando, na verdade, estava na Itália. Com isso, nunca foi encontrado pela União Internacional de Ciclismo (UCI) para a realização de exames antidoping.

Assim que o episódio foi anunciado pela Federação Dinamarquesa de Ciclismo – excluindo o ciclista da seleção nacional que disputará o Mundial de Stuttgart, marcado para este ano, e as Olimpíadas de Pequim 2008 –, suspeitas começaram a recair sobre Rasmussen, que, entretanto, não esmoreceu diante disto.

“A Rabobank conduziu as coisas desta maneira pelo fato dele mentido. Portanto, isso é prova que ele não podia estar no Tour de France e que, em seu comportamento, havia uma evidente intenção de trapacear. A UCI chegou a notificar a equipe por isto. Podíamos ter evitado esta crise”, disse Clerc.

“O problema é que nós firmamos uma união sagrada contra o doping com a UCI e com as equipes, mas este acordo não está sendo respeitado. Tínhamos de estar informados de todas anomalias ao redor de Rasmussen. Não existe mais inocente neste esporte. Para voltar a ter, temos de matar o doping”, finalizou.