Contador: "Chegar como favorito é um risco"

Atualizado em 28 de abril de 2016
Mais em Tour de France

Por Tadeu Matsunaga

Grande favorito para conquistar mais um título no Tour de France, Alberto Contador (Astana) afirmou que vencer a competição sendo cotado como favorito não é nada fácil.

Com 27 anos, o espanhol que luta pelo tricampeonato teve um início de temporada fantástico conquistando os títulos da Volta de Algarve, Castilla e Leon e Paris-Nice, além de assegurar o vice-campeonato da Dauphiné-Liberé; perdendo para Jani Brajkovic. Na ocasião, Contador ressaltou que estava na prova como preparação para o Tour e não para ficar com o “caneco”.

Contador acredita que seu excelente momento e performance podem gerar uma pressão, já que os olhos do mundo estarão voltados para o espanhol. “Não tem nada mais difícil do que vencer uma prova quando se é favorito, você é o alvo. Qualquer deslize ou momento de fraqueza será aproveitado pelos adversários.”

O ciclista ressaltou a importância de contar com o cazaque Alexander Vinokourov na equipe Astana, e disse confiar plenamente em seus companheiros. Para Alberto Contador, RadioShack e Saxo Bank possuem times extremamente fortes e, consequentemente, adversários na busca pelo título.

“A responsabilidade é muito grande e estamos prontos para isso. Será um grande Tour e teremos equipes de qualidade, que deverão nos complicas, mas estamos preparados”, disse Contador, que elogiou o ex-manager Johan Bruyneel. “São poucos como ele hoje em dia; ele possui táticas excelentes em algumas etapas.”

Questionado sobre Lance Amrstrong, o espanhol referiu-se ao norte-americano com muito respeito e falou sobre os problemas enfrentados em 2009. “Eu tenho um grande respeito por ele, porque ele é um grande ciclista e um grande campeão, digno de admiração”, afirmou. “O problema é que no ano passado estávamos na mesma equipe e dois ciclistas com o mesmo objetivo não são compatíveis.”

Por fim, sobre o Tour de France 2010, ele seguiu o coro da maioria de especialistas e atletas. “Os Alpes serão muito complicados e teremos surpresas. É possível que os favoritos se mantem sempre próximos, mas os Pirinéus serão mais decisivos.”