POR ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ E LEANDRO BITTAR

A equipe espanhola Astaná-Wurth está confirmada no Tour de France. A União Ciclística Internacional (UCI) aprovou a mudança de nome do time, que após o escândalo de doping que estourou no fim de maio na Espanha perdeu seu principal parceiro, a Liberty Seguros. A UCI explicou a aprovação com o argumento de que não tem como decidir qualquer punição ao time antes que a justiça espanhola divulgue mais detalhes sobre os envolvidos no caso. Assim, a licença da Astaná-Wurth para participar do ranking Pro Tour também está mantida.

Em nota oficial, a UCI afirma que ainda aguarda mais informações das autoridades espanholas que justifiquem a abertura dos procedimentos disciplinares previstos no regulamento da entidade sobre corredores, médicos e dirigentes envolvidos em casos de doping e que está preparada para intervir “a qualquer momento, assim que forem divulgadas novas informações”.

A organizadora do Tour de France, a empresa ASO, divulgou dias atrás que apenas aguardava uma decisão da UCI para confirmar ou não a participação da Astaná-Wurth na competição. Jean Marie Leblanc, supervisor-geral do Tour, deixou claro que o desejo da organização era excluir a equipe, mas que não podia passar por cima das determinações da UCI. A decisão foi um balde de água fria para os organizadores do Tour.

Em relação a outra equipe citada no escândalo, a Comunidad Valenciana, a decisão do Tour de France está mantida. A ASO decidiu retirar o convite mesmo antes da justiça espanhola revelar os nomes dos envolvidos no escândalo de doping. Ao contrário da Astaná, que conquistou o direito de participar por pertencer ao circuito UCI Pro Tour, a Comunidad Valenciana foi convidada. Por isso sua exclusão foge da alçada da UCI.