Quanto mais rápida, melhor

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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Por Gustavo Figueiredo

Ao pedalar a Trek Superfly 7 fica evidente que se trata de uma bike de corrida, carac- terística que ela carrega inclusive em seu DNA, por conta da geometria G2, derivada da Genesis, modelo criado pelo lendário Gary Fisher. Feito com alumínio Alpha Pla- tinum (hidroformado) da marca, com aca- bamento impecável e soldas bem-feitas, o quadro possui top tube longo, mesa curta e garfo com 51 mm de offset para posi- cionar a roda dianteira mais à frente, pro- porcionando uma pilotagem mais estável e ágil, o que transmite muita confiança.

O quadro conta com eixo de 142 x 12 mm, o que contribui para a estabilidade e a transmissão de potência na traseira. Mes- mo feito de alumínio, ele tem boa capaci- dade de absorção de impactos e sua suavi- dade impressiona, característica reforçada pelo garfo Rock Shox Reba RL com 100 mm de curso, trava remota e eixo de 15 mm.

A transmissão Shimano SLX/XT 2×10 com pedivela FSA tem um ótimo desem- penho e trocas precisas até quando se está fazendo força. Na trilha, ela acelera bem e tem ótima tração, encarando até as subi- das mais inclinadas sem derrapar. Para de- sacelerar as rodas Bontrager Mustang TLR aro 29’’, ela conta com os eficientes freios Deore, que proporcionam boa modulação e potência.

Em baixas velocidades e trilhas fechadas, no entanto, a frente da Superfly 7 se mos- tra um pouco lenta, exigindo mais jogo de corpo do mountain biker para encontrar a linha certa. Porém, quando ganha veloci- dade, ela se sente em casa, passando por cima de tudo e enfrentando o terreno com muita estabilidade. Como havíamos dito, trata-se de uma bicicleta de corrida e, como tal, gosta de andar rápido.

(matéria publicada originalmente na edição nº 113 da revista VO2bike)

Trek Superfly 7