Participe da prova e conheça o NE brasileiro

Atualizado em 21 de setembro de 2018
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POR CHRISTIAN BAINES

Considerada a prova mais difícil de mountain bike de maratona, a Bike Race Across alia a exuberância da natureza com superação pessoal dos atletas. Nesta quinta edição, prevista para acontecer entre os dias 5 a 10 de setembro, os ciclistas percorrerão quase 500 km, divididos em cinco etapas nos mais variados ecossistemas. “Além da aventura e da longa distância, os atletas percorrerão trechos de mata Atlântica, praia, sertão e de mangue. O princípio ativo da prova é justamente esse contato com locais exóticos”, diz o publicitário Genardo Maia, autor do projeto.

Os cenários escolhidos para a prova deste ano foram o Parque Nacional de Ubajara (CE), uma das áreas mais bem preservadas de floresta tropical no Nordeste brasileiro; a APA (Área de Proteção Ambiental) da cidade de Ibiapaba, Ceará; a cidade de Cajueiro da Praia, no litoral piauiense, onde existe um projeto de preservação do peixe-boi; e o Porto das Barcas, no delta do rio Paraíba (PI), único delta em mar aberto das Américas, onde acontecerá a chegada.

Em 2004, quando ocorreu a mais recente edição da prova, o local escolhido foi o município de São Raimundo Nonato, no Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí, tido como o berço do homem americano e cenário da bela caatinga brasileira.

A prova terá o número de participantes limitado a 100. As inscrições podem ser feitas até dia 30 de agosto no site oficial: www.bikeraceacross.com.br. Aqueles que se increverem até o dia 1 de setembro recebem desconto. Serão sete categorias: Solo Masculino, Solo Feminino, Dupla Masculino, Dupla Feminino, Dupla Mista, Over-40 e Cicloturismo

Prova volta depois de trauma

A Bike Race Across está na sua quinta edição. Desde 2001, ela acontecia anualmente. No entanto, após a morte da ciclista Dayane Rita, na edição de 2004, a edição de 2005 foi cancelada. Os organizadores garantem que o acidente não tem qualquer ligação com a não realização do evento. Mas Genardo Maia reconhece: “o episódio mexeu comigo no lado pessoal, eu a conhecia”.

Encontrada desmaiada na pista, a atleta foi levada ao hospital da cidade de São Raimundo Nonato e depois para o hospital de Teresina, onde não resistiu e morreu. Na época, cogitou-se a idéia de desidradatação, mas havia água nas duas caramanholas que ela usava. Os médicos concluíram que foi um caso de infecção generalizada. Parece que Dayane iniciou a competição sem saber que já tinha alguma debilidade. Até hoje não há certeza do motivo da morte porque a família da atleta não autorizou que se fizesse uma autópsia.

“Ficou a lição de que é preciso se preparar muito para a prova. Não se pode desprezar nem mesmo uma gripe”, diz Maia.