Se você curte futebol, é provável que conheça André Rizek, um dos principais nomes do Sportv, o maior canal esportivo da TV fechada do Brasil. Embora a maior parte de suas aparições na telinha envolva o futebol, o jornalista tem outra grande paixão no esporte: o ciclismo. “Louco por bike”, como ele mesmo se define, Rizek usa seu tempo livre para fazer trilhas sobre duas rodas em regiões com belas paisagens e, em trechos urbanos, pedala para “sentir a cidade”.

Paulistano, Rizek é testemunha de como a maior cidade do país tornou-se uma cidade menos hostil para os ciclistas. Segundo ele, São Paulo vem criando condições para ser apontada como “uma metrópole na qual a bike está completamente inserida”, com mais acessos para bicicletas, variedade de serviços ciclísticos e vestiários nas empresas. 

O jornalista André Rizek durante um passeio de bike

Pedalando desde sempre

Rizek descobriu o gosto pelo pedal ainda na infância, por influência do padrasto – era seu meio de transporte para ir à escola. Durante a faculdade, deixou momentaneamente a bicicleta de lado, mas recuperou o costume por volta de 2000, época em que trabalhava na Editora Abril e foi convidado por amigos para pedaladas.

“De 2000 em diante, passei a usar tanto a bicicleta quanto o carro em São Paulo.  Usando a bicicleta, você acaba vendo mais as pessoas. Te traz outro astral pedalar e ver aquele céu rosa no fim de tarde. É diferente de ficar dentro do carro com tudo engarrafado”, diz.

“Quando comecei a pedalar por São Paulo, usava muito a calçada, tinha medo dos carros, medo de morrer mesmo. Sentir a cidade é também sentir a hostilidade do motorista. Em geral, o motorista não vê as bicicletas com bons olhos, e a instalação das ciclovias é uma coisa mais recente. A transformação desde que elas surgiram é notável”, opina.

Rolê carioca

Rizek brinca que, desde que se mudou para o Rio de Janeiro para integrar o núcleo carioca do Sportv, deixou poucas coisas em São Paulo: “Não tenho mais quase nada por lá, ‘só’ minha família e minha bicicleta”, brinca. “Não tenho roupa, cueca, nada. Mas tenho uma bicicleta”, conta, rindo.

No Rio, o jornalista manteve o hábito de pedalar bastante, seja para ir à praia levando seu pranchão de stand up ou em pedaladas mais longas. Em uma cidade recheada de belezas naturais, não faltam roteiros para percorrer sobre duas rodas. Um dos preferidos de Rizek é a Vista Chinesa, rolê ciclístico clássico que oferece uma vista de tirar o fôlego da Cidade Maravilhosa.

Nos fins de semana em que não está escalado para gravações, Rizek busca o contato com a natureza e se aventura nos singletracks. “Sempre pedalei no mato, e gosto bastante das longas distâncias. Já pedalei muito na Serra da Mantiqueira, é fantástica. Também já fiz muita pedalada na Chapada Diamantina, e não esqueço nunca de um pedal que fiz pela Queimada dos Britos, no Maranhão”, lembra.

“Mas ainda pretendo dar um bom rolê de bike pela Europa e pedalar mais pela América do Sul, especialmente naquelas estradas da Patagônia e do Atacama”, planeja.