Um brasileiro na UCI

Atualizado em 31 de maio de 2016
Mais em Notícias

O Brasil pode não ser uma potência no ciclismo. Mas isto não significa que o país não esteja representado na UCI (União Ciclística Internacional), entidade que comanda o esporte. O ex-ciclista Ricardo Nogare, de 35 anos, é um dos seis membros da Comissão de Ciclismo para todos (Mass participation events).

De acordo com Ricardo, o objetivo desta comissão é encorajar o máximo de pessoas a usar a bicicleta como meio de transporte, atividade social, esporte ou atividade recreativa. Como exemplo ele cita o L’Etape du Tour, evento que convida amadores do mundo inteiro a disputar uma prova em uma das etapas da grande volta francesa.

“O meu cargo na comissão é de ‘comissioner’, uma espécie de diretor independente ou embaixador”, explica Ricardo que hoje mora em Londres, na Grã-Bretanha.

“Atualmente moro e trabalho em Londres. E pedalo todo dia, se possivel. Para ir ao trabalho pedalo cerca de 50 km contando ida e volta”, completa Ricardo que, paralelamente ao seu trabalho na UCI, é vice-presidente de um banco de investimentos internacional.

“Sou da opinião de que o ciclismo ou qualquer outro esporte tem que trazer um beneficio para a sociedade como um todo. Desta forma um campeão ou um evento esportivo, como por exemplo os Jogos Olímpicos, tem como objetivo incentivar a população a praticar esportes e melhorar a qualidade de vida”, diz Ricardo, que competiu profissionalmente durante oito anos (1992 a 2000) e que sofreu com a falta de apoio e a quase inexistência de equipes profissionais. Agora, pretende levar sua experiência para ajudar a fomentar novos eventos no país além de levar brasileiros para pedalar mundo a fora.

“Em parceria com a Confederação Brasileira de Ciclismo pretendo fomentar eventos em massa no Brasil e também aumentar a participação de brasileiros em eventos em massa ao redor do mundo. Estou certo que a bike é o futuro das cidades e planeta”, diz Ricardo que conclui.

“O uso da bike pode eliminar o caos do sistema de transporte das cidades e, ao mesmo tempo, melhorar a vida da população de uma forma mais saudável e barata.