Euskaltel: futuro incerto

Atualizado em 02 de maio de 2016
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Por Fernando Bittencourt

Samuel Sanchez mostrou-se preocupado com o futuro da Euskaltel-Euskadi. De acordo com o capitão do time, seus contratos de patrocínio ainda não foram renovados para 2012 e, com isso, o fim da equipe poderia se decretado, liberando ciclistas e comissão técnica a procurar novos rumos.

“Se as coisas continuarem tomando este rumo, a Euskaltel deixará de existir em 2012 e muitas pessoas ficarão desempregadas. Eu realmente espero que eles anunciem a renovação do contrato em breve ou outro patrocinador, pois este time deseja que isto ocorra”, disse Sanchez, ao jornal Marca.

O veterano de 33 anos integra o time basco desde o início de sua carreira, há 11 anos, no entanto, já declarou que se imagina competindo ao lado de seu amigo Alberto Contador (Saxo Bank) – antes mesmo dos boatos de que a Euskaltel poderia fechar as portas.

O curioso é que no final da semana passada Contador pediu que Bjarne Riis, diretor do seu time, contratasse um escalador para ajudá-lo no próximo ano. Sanchez assumiu que poderia ajudar “El Pistolero” em 2012. “Se você fizer esta pergunta a qualquer um, a resposta seria sim. Ele é um dos melhores da história e eu já competi ao lado dele, o que significa um imenso prazer”, referiu-se ao compatriota tricampeão do Tour de France.

O ciclista almeja defender seu título olímpico, nos Jogos de 2012, em Londres, após concluir o Tour de France, em Paris.”Creio que, em 2012, eu serei capaz de chegar longe. Minha maior característica é minha regularidade e estou trabalhando para o ano que vem. Desejo melhorar a cada ano e tentarei continuar disputando de modo agressivo”, disse o espanhol.

Samuel Sanchez, vencedor da etapa 12 do Tour, com chegada em Luz Ardiden, e Rei das Montanhas na grande volta francesa, está motivado após as conquistas e dá um aviso aos contrarrelogistas que esperam tirar vantagem do percurso do Tour em 2012.

“Não sei ao certo o que foi mais bonito: vencer uma etapa ou vestir a camisa de bolinhas. As duas experiências foram emocionantes, mas subir ao pódio na França foi algo realmente emocionante”, disse o integrante da Euskaltel, que concluiu a prova na 6ª colocação. “No Tour do ano que vem, haverá quase 100 quilômetros em provas de contrarrelógio e isto significa que nós, escaladores, atacaremos sem nos poupar, para buscarmos algo em provas desta natureza. Creio que, para os fãs, este Tour será espetacular”, concluiu Sanchez.