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Em novidade polêmica, São Paulo ganha 20.000 bikes sem estação

Atualizado em 03 de abril de 2018
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O mercado de bicicletas compartilhadas em São Paulo está aquecido. Após a reformulação do programa Bike Sampa, agora é a vez das bicicletas sem estação, as chamadas dockless bikes, ganharem as ruas da metrópole. A partir de julho, a empresa Yellow promete disponibilizar 20.000 bicicletas para os paulistanos. A grande novidade fica por conta do sistema, que dispensa estacionamento em um lugar específico.

Para pedalar com uma das bikes sem estação da Yellow, o usuário a localiza e destrava através do aplicativo – todas as bicicletas têm GPS embutido. Após o uso, pode deixá-la onde for mais conveniente. 

Para desestimular roubos e furtos, os modelos da Yellow têm peças específicas, que não funcionam em outras bicicletas. Os pneus maciços e os quadros de aço resistem ao desgaste do uso contínuo e facilitam a manutenção. 

O uso das novas bicicleta será pago, mas o valor e o meio de pagamento ainda não foram definidos. A empresa já anunciou que pretende aceitar o Bilhete Único como forma de pagamento – um dos requisitos da Prefeitura de São Paulo para que o sistema possa operar na cidade.

Inicialmente, o programa será implantado próximo a estações de trem e metrô, para estimular o uso da bicicleta aliado ao transporte convencional

 

Polêmica

O sistema de bicicletas sem estação já foi testado em vários lugares do mundo, com resultados controversos. Apesar de teoricamente facilitar a vida do usuário, que não precisa retornar a bike a um ponto específico, ele tende a gerar “bagunça” na distribuição das bicicletas pela cidade. 

No sistema da Yellow, serão usados carros para reorganizar as bicicletas, mas, de acordo com Eduardo Musa, executivo à frente da empresa, “o sistema se regulará sozinho”. 

Na China, a grande oferta de bicicletas compartilhadas resultou em um excesso de bikes disponíveis largadas pelas ruas, o que gerou montanhas de “entulho ciclístico” e levou a Bluegogo, uma das empresas prestadoras do serviço, à falência. Na época, o presidente da Bluegogo admitiu ter tratado do assunto sem planejamento e “com muita arrogância”.