Cláudio Clarindo sem limites

Atualizado em 04 de maio de 2016
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Por Fernando Bittencourt

O recordista latino americano da Race Across America (RAAM), Cláudio Clarindo, virou protagonista de um filme, ou melhor, de seu próprio filme. O santista pedalou por mais de 5 mil quilômetros para percorrer toda a costa dos Estados Unidos, em uma das mais duras provas do ciclismo mundial e a TV Tribuna, por intermédio do repórter cinematográfico Toninho Pinheiro, registrou a pedalada do atleta para transformar o material em um documentário, que será exibido às 20 horas da próxima quinta-feira (8), no Cine Roxy da cidade de Santos.

Clarindo – único latino-americano que concluiu a prova em três ocasiões na categoria solo -, conseguiu melhorar sua antiga marca de 10 dias e 22 horas e, em sua terceira participação na competição, o atleta concluiu o percurso em 10 dias e 15 horas, para ocupar o posto de recordista da disputa, sintetizada em uma filmagem de 27 minutos, realizada no mês de junho deste ano e co-produzida pela 4.2 produtora. A largada da prova, finalizada em Annapolis, Maryland, ocorreu no dia 15 de junho na cidade de Oceanside, na Califórnia.

“Neste documentário, esperamos relatar as dificuldades enfrentadas por mim durante a competição. Pedalei por diversos climas e terrenos, dias e noites sem parar e até por um tornado passei”, disse o santista, que encerrou a competição na 12ª colocação geral.

O ciclista também explica que o documentário faz uma homenagem a João Paulo Diniz, que é um de seus patrocinadores por meio do Grupo Pão de Açucar. Diniz, que também é atleta, começou a disputar a RAAM em 1994, sendo um dos pioneiros na divulgação da competição no Brasil. “O considero um ícone, pois ele consegue separar muito bem o João atleta e o empresário de sucesso que é. Quando João participou de sua primeira RAAM, fiquei admirado pela grandiosidade da competição e sua dificuldade imensurável. Naquele momento, fui atraído para superar aquele limite”, contou o recordista.

“A organização fez uma prova de tirar o fôlego. Passei pelos pontos mais difíceis dos Estados Unidos, como montanhas com 12 mil pés de altitude, temperaturas de menos 3°C, literalmente no gelo, além dos desertos de Arizona e Utah, com os termômetros marcando 49°C. Foi o ano em que a prova largou com mais participantes (50) e desistiram somente dois. Consegui me manter num primeiro pelotão, onde estavam todos os melhores ciclistas de longa distância do mundo, sobretudo os europeus, que vieram muito preparados para a disputa e minha equipe de apoio se superou neste ano, utilizando toda a sua experiência e vontade de vencer. Devo muito a eles, pois realmente fizeram a diferença”, finalizou Clarindo.