CDU Steglitz-Zehlendorf/Staubach+Kuckertz ArchitektenFoto: CDU Steglitz-Zehlendorf/Staubach+Kuckertz Architekten

Berlim planeja construção de 'marginais' exclusivas para ciclistas

Atualizado em 04 de abril de 2017

Há mais de um década Berlim marca presença no ranking das melhores cidades europeias para andar de bicicleta. Manter essa reputação não é uma tarefa simples para a capital alemã, que hoje, quando o assunto é mobilidade urbana sobre duas rodas, está atrás de Amsterdã e Copenhague – na Holanda e na Dinamarca, respectivamente. Berlim, entretanto, está decidida a galgar mais alguns degraus no ranking e no conceito dos ciclistas. Para isso, criou um projeto que prevê a implantação de superciclovias, que funcionarão como marginais exclusivas para ciclistas, ligando o centro a regiões periféricas da capital alemã. 

Dentro desse projeto, 13 superciclovias foram aprovadas pelos legisladores da cidade em fevereiro, sendo que duas delas já devem ter as obras iniciadas até o final deste ano. As marginais exclusivas para ciclistas terão no mínimo 5 km de extensão e 4 metros de largura – ou 3 metros nos trechos de mão única -, sendo que a parada em cruzamentos e intersecções não deve ultrapassar 30 segundos de espera. Elas cortarão os principais trechos de Berlim e permitirão aos usuários de bike entrar e sair da região central com mais velocidade e segurança, sem terem que se misturar aos carros.

 

 

Embora as condições para ciclistas em Berlim ainda sejam melhores que em muitas outras metrópoles, as bicicletas ainda passam constantemente sobre paralelepípedos e se misturam aos carros sem que a distância de 1,5 m seja respeitada. As superciclovias devem ser implantadas em antigas vias férreas que eram utilizadas na época da divisão entre os dois blocos – oriental e ocidental – e atualmente estão desativadas. O projeto, no entanto, vem acompanhado por muita polêmica, visto que alguns grupos pedem que as linhas ferroviárias não utilizadas voltem a ter seu propósito original e que novos serviços de trem sejam inaugurados. A resposta do bloco favorável às ciclovias veio em forma de abaixo-assinado. Mais de 100 mil assinaturas foram recolhidas no ano passado para colocar a votação na agenda política da cidade.