A camisa rosa e outros símbolos

Atualizado em 28 de abril de 2016
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POR LEANDRO BITTAR

Ao longo da sua história, o Giro d`Italia criou uma série de símbolos. Entre os mais tradicionais estão as camisas que diferenciam os quatro principais ciclistas: o líder da classificação geral, o líder de montanha, o líder de pontos (ou melhor sprinter) e o líder no Intergiro. No Giro, a disputa para ficar com a maglia rosa (camisa rosa) é tão valorizada quanto o maillot jaune (camisa amarela) no Tour de France.

Não bastassem as cores, há seis anos os italianos encomendam a um artista o desenho que ornamenta as quatro camisas. Em 2006, elas terão a transposição de um quadro do italiano Lucio del Pezzo que mostra um ciclista fazendo uma curva. No ano passado, a imagem estampada nas camisas era um desenho do artista Marco Lodolla.

Veja a história das principais camisas:

A camisa mais importante do Giro leva a cor das páginas do jornal que o criou. A “maglia rosa” nasceu em 1931 para distinguir o líder da classificação geral. O primeiro a vesti-la foi Learco Guerra, no fim da primeira etapa do 19º Giro da Itália, disputada entre Milão e Mântua.

O Grande Prêmio da Montanha foi criado em 1933, mas apenas em 1974 o líder desta classificação começou a receber uma camisa específica, de cor verde. Nos últimos anos, os latino-americanos têm dominado essa especialidade, com os colombianos José Jaime González e Fredy González Martínez e o mexicano Julio Pérez Cuapio. O maior vencedor desse prêmio é Gino Bartali, sete vezes.

A classificação por pontos foi criada em 1966. Entre 1967 e 1969, seu líder vestia uma camisa vermelha que, a partir de 1970, ganhou a cor magenta. Esse prêmio define o melhor sprinter da competição, conquistado por ciclistas como Eddy Merckx, Roger de Vlaeminck, Francesco Moser, Giuseppe Saronni, Mario Cipollini, Laurent Jalabert e Alessandro Petacchi.

Em 1989 surgiu a premiação do Intergiro, na qual o líder veste uma camisa azul. Esta classificação valoriza o ciclista combativo, que pontua em uma meta-volante intermediária a cada etapa. Alguns ciclistas venceram esse prêmio e o de sprint no mesmo ano, como o uzbeque Djamolidine Abdoujaparov e o suíço Tony Rominger. Com três vitórias, o italiano Fabrizio Guidi é o maior vencedor da “maglia” azul.