Vino quer mais

Atualizado em 19 de setembro de 2011
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Por Fernando Bittencourt

Alexandre Vinokourov (Astana) confirmou nesta segunda-feira que irá competir por sua equipe em 2012, com o intuito de ajudar o time a se manter bem colocado no ranking World Tour. A declaração serviu como resposta a alguns dirigentes que preferiam que o cazaque se aposentasse ao final desta temporada

Vino fraturou a cabeça do fêmur na 9ª etapa do Tour de France deste ano, após sofrer uma queda grave. No dia 17 de julho, o ciclista deu uma entrevista declarando que sua carreira como profissional havia terminado ali e que provavelmente seguiria como dirigente na equipe, no entanto, sua rápida recuperação parece ter feito o ciclista mudar de ideia.

O atleta, que comemorou seu 38º aniversário na última sexta-feira, foi presenteado com a liberação de seu médico para retornar aos treinos. A princípio, a intenção era participar apenas da Volta da Lombardia, no entanto, o ciclista resolveu prolongar por mais um ano a sua carreira.

“Estou voltando para mostrar que sou um guerreiro. Não sou do tipo de pessoa que desiste fácil. Criei a Astana com o governo de meu país em 2006, mas a única coisa que eu sinto desde que me acidentei é que as pessoas só têm uma idéia dentro da cabeça delas: me tirar do caminho. Descobri muitas coisas desde julho, além de não ter recebido nenhuma visita dos diretores da Astana, enquanto me recuperava. Apenas os verdadeiros amigos estavam comigo durante todo este tempo”, disse Vinokourov.

O cazaque alegou que alguns integrantes da Astana foram à União Ciclística Internacional (UCI) para alegar que seu contrato com a equipe havia terminado. Vino recorreu e agora está liberado para pedalar profissionalmente em 2012, ajudando seu time a pontuar no ranking, como fez em 2010 e 2011.

“Eu só quero salvar a Astana. Oficiais e pessoas próximas do governo me disseram que meu cargo diretivo na Astana está assegurado. Há muito potencial no Cazaquistão para nosso crescimento, no entanto, algumas coisas têm nos preocupado e sujado nossa imagem. Algumas pessoas acham que um diploma universitário é o necessário para gerenciar uma equipe de ciclismo, mas não tem ideia do que isso significa. Quero ajudar a Astana no ranking World Tour e tem muita gente trabalhando pela equipe que não entende as regras básicas da UCI. Todos que desejam a minha aposentadoria são os mesmos que prejudicaram o time ao perderem meus pontos e, sem minha pontuação, o time seria forçado a virar um time continental, porque não contrataram ninguém (com muitos pontos) para 2012’, finalizou Vino.