Tudo pronto para a São Silvestre

Atualizado em 30 de dezembro de 2008
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Por Marina Oliveira

Nesta terça-feira, os principais nomes do pelotão de elite dos 15 km da Corrida Internacional de São Silvestre, que será realizada amanhã, dia 31 de dezembro, se reuniram com a imprensa para discutir as perspectivas para o evento de amanhã.

Estavam presentes os quenianos Evans Cheruiyot, campeão da Maratona de Chicago deste ano, James Kwabai, segundo nos 42 km de Berlim, Nicholas Koech, primeiro colocado na Volta da Pampulha, no começo do mês, e Kipromo Mutai – único entre eles que participou da última edição da São Silvestre.

“Não consegui terminar a prova no ano passado por conta do forte calor, mas estou muito feliz de estar aqui novamente e vou tentar o meu melhor amanha”, disse Mutai. Além dos quatro atletas, a única queniana presente na coletiva era Nancy Kipron. “Estou há três meses no Brasil, venci a Volta da Pampulha e os 10K Rio, mas meu objetivo maior são os 15 km da São Silvestre”, comentou.

Em clima de amizade, nenhum corredor resolveu assumir favoritismo. “Todos são favoritos. Meus últimos resultados em provas no Brasil não me fazem o principal nome da prova”, afirmou Koech, que também chegou em primeiro nos 10K Rio. “A corrida feminina tem fortes adversárias”, complementou Nancy, que garantiu ser amiga das atletas brasileiras.

Disputa verde-amarela
Dos atletas do Brasil no pelotão masculino de elite estavam presentes Franck Caldeira, campeão da prova em 2006, Giomar Pereira da Silva, Anoé dos Santos Dias e Vanderlei Cordeiro de Lima. O último foi o nome mais comentado da manhã, por conta da aposentadoria anunciada para a corrida do dia 31.

“A São Silvestre será a minha última corrida como profissional, mas a partir de 2009 serei um corredor amador”, afirmou emocionado. “Minha expectativa é completar a prova, sem me preocupar com marcas e posições no pódio. Quero interagir com o público na minha despedida”, completou.

Já Silva se mostrava confiante com uma boa performance amanhã: “Participei de vários circuitos de 10 km em 2008, e isso me dá credibilidade para a corrida”, disse, lembrando que a disputa com os corredores africanos é sempre difícil, mas que espera ver um brasileiro campeão.

Franck Caldeira estava comedido com as expectativas para a prova: “Não fiz nenhum treinamento específico, como em 2006, ano em que venci. Mas mesmo assim estou motivado e me considero na briga pelo pódio”.

Da elite feminina brasileira, Marily dos Santos, Marizete Moreira e Maria Zeferina Baldaia conversaram com os jornalistas. “A disputa será acirrada, mas espero estar entre as primeiras”, disse Marily. Marizete também estava confiante: “Apesar da presença das africanas, acho que a prova será difícil para todas. Não existem favoritas”, afirmou. “Vamos correr de igual para igual com as estrangeiras, e espero encontrar o Brasil no pódio”, completou Maria.

Últimos detalhes
O evento tem como maior novidade o reforço a segurança dos corredores, com uma ambulância a cada quilômetro, e mais três na chegada – uma exclusiva ao pelotão de elite. Além disso, a largada conjunta das categorias gerais de homens e mulheres, novidade em 2007, será mantida na corrida de amanhã. Já o início da prova para os pelotões A masculino e feminino terão uma diferença de 7 minutos – as mulheres largam primeiro, às 16h45. A idéia é aproximar o máximo possível a chegada dos campeões da prova.