Super 40 RJ

Atualizado em 07 de abril de 2008
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Por Odara Gallo

O Rio de Janeiro recebeu neste domingo, 06/04, a sexta edição da Super 40, corrida de revezamento que reuniu cerca de 800 equipes, na sua maioria composta de 10 corredores. Atletas de todos os níveis tomaram o Aterro do Flamengo numa manhã nublada e com temperatura em torno dos 18°C para participar da prova. O clima ameno contribuiu para que a equipe Exército estabelecesse novo recorde para a competição, já que os dez corredores precisaram de 2h02min53s para concluir o percurso, baixando em 2min53s o tempo da própria equipe em 2007.

A equipe campeã contou com reforços de peso, dois atletas profissionais: José Gutembergue Ferreira, que treina em Petrópolis com Henrique Viana, o técnico de Franck Caldeira, e Reginaldo, treinado por Adauto Domingues, técnico de Marilson Gomes dos Santos. O time treinou focado na competição nas últimas três semanas e realizou uma seletiva entre os melhores corredores do Exército. “Fizemos um trabalho para baixar nosso recorde e deu tudo certo neste domingo”, disse o coordenador do grupo, o major José Carlos Pinheiro. De acordo com ele, estes corredores irão representar o Brasil no Mundial de Maratona Militar, em outubro, em Capri, na Itália, mesmo mês em que alguns deles devem estar na Corrida de 10 Milhas do Exército Norte-americano para defender o título conquistado individualmente e por equipes no ano passado, prova que reúne 26 mil atletas de todo o mundo, e foi vencida por José Gutembergue, em 2007.

No feminino, a vitória ficou com a Maratona Clube Brasil e Proforma, comandado pela ex-atleta Janete Mayal, com o tempo de 2h52min18. “Sabia que íamos lutar pelo pódio, mas conquistar a vitória foi muito importante, pois é a estréia desta equipe em provas do gênero”, explicou Janete Mayal. A equipe reuniu corredoras amadoras de várias atividades: as domésticas Margareth de Souza, Maria Aparecida Ângelo e Antonia Lemos, a psicóloga Vanessa Protásio, a administradora Denise Cesca, a comerciaria Adaide Jesus, a contadora Roselina Monteiro, a advogada Andréa Folegatti, a estudante Danielle Carvalho e a personal Janete Mayal.

Corredores amadores
E é exatamente o público amador que mais aproveita esse tipo de competição. Diversas empresas aproveitam a prova de revezamento para colocar em prática suas políticas motivacionais e unir o grupo. Marilu Figliuolo, 29, engenheira química, corre desde 2002 e já participou da Super 40 outras duas vezes. Ela destacou o cuidado da organização e a sensação de fazer parte de um time. “A prova foi muito bem feita pela organização, tinha um posto de hidratação, que é o suficiente para os 4 km. Revezamento sempre é legal porque tem a integração com os outros membros da equipe”, disse.

Já o contador Alcides Arlindo da Silva Cruz, 43, tem uma história com a corrida que se confunde com a do revezamento. Isso porque ele começou a correr para completar a equipe da empresa em uma dessas provas e não parou mais. “É excelente para o entrosamento as pessoas se conhecem mais”, falou. Mas na corrida deste ano, Arlindo achou que a logística poderia ter sido mais caprichada. “A organização pecou em colocar as tendas das equipes no lado oposto aos boxes do revezamento. Era preciso dar uma volta muito grande para ir de um lugar ao outro, o que atrapalhou um pouco a mobilidade dos atletas”, criticou. “Mas de resto estava tudo ótimo, a hidratação foi boa e a água estava em temperatura agradável”, completou.

:: Resultados

Masculino
1º CDE (Comissão Desportiva do Exército), 2h02min53s
2º Lauter Nogueira Sports/Asics, 2h05min01s
3º Montevérgine, 2h11min30s
Feminino
1º Maratona Clube Brasil e Proforma, 2h52min18s
2º Toscano Preparação Física, 3h09min13s
3º Chão do Aterro, 3h09min38s