Sujo na rodinha

Atualizado em 09 de fevereiro de 2011
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Por Tadeu Matsunaga

A polêmica envolvendo – mais uma vez – o italiano Riccardo Riccò foi o assunto do dia no pelotão mundial. Riccò foi criticado duramente pelos ciclistas no Tour do Qatar.

O suiço Fabian Cancellara, da Leopard Trek, não poupou o italiano. “Riccardo faz com que novamente o ciclismo seja sinônimo de dopoing. Isso é terrível pro nosso esporte”, afirmou.

Já o compatriota e campeão nacional de estrada Giovanni Visconti (Farnese Vini) mostrou profunda decepção com a situação. “Como dizem, existe limite para tudo. E, ao que parece, Riccò ultrapassou todos eles.”

Paolo Bettini, técnico da seleção italiana, também não poupou críticas a Riccardo Riccò, além de lembrar do ex-treinador do ciclista, Aldo Sassi.

“Sempre estou ao lado dos ciclistas e acho que eles merecem a oportunidade de crescer depois de erros. Porém, o que fez Riccò foi muito grave: ele colocou sua própria vida em risco e ainda ofendeu a família de Aldo Sassi”.

O presidente da Federação de Ciclismo, Renato di Rocco, não escondeu sua frustração e pediu para o ciclista abandonar o esporte. “Pelo seu bem, pelo bem da sua família e pelo bem do nosso esporte é melhor ele deixar o ciclismo”.

Riccò nega autotransfusão

Nesta quarta-feira, Riccardo Riccò negou ter realizado uma autotransfusão em sua casa, partindo na contramão do que disse o médico do hospital de Pavullo. Na ocasião, ele afirmou que Riccò assumiu ter realizado o procedimento.

Riccò segue internado hospital de Baggiovara (Módena), onde encontrasse em observação desde o último domingo. O ciclista foi internado em estado crítico, com insuficiência renal e febre alta, mas seu quadro é estável.