Síndrome do impacto femoroacetabular

Atualizado em 14 de outubro de 2019

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por Ricardo Bassani | Infográfico Erika Onodera[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”14926465409″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full” el_class=”img-porquedoi”][vc_column_text]O  quadril  é capaz de sustentar até dez vezes todo o peso do nosso corpo e apresenta grande amplitude de movimento multidirecional. Portanto, não passa de mito a afirmação de que a corrida trabalha contra a sua função.

Qualquer anomalia nessa estrutura, porém, compromete todo o conjunto, prejudicando a articulação. As lesões podem ser congênitas (ou seja, a pessoa porta ao nascer) ou adquiridas (por repetição, traumas ou desgaste acelerado) e se caracterizam por um encaixe imperfeito dos ossos, que provoca atrito entre eles e causa danos irreversíveis à articulação. Em longo prazo, a degeneração evolui para artrose do quadril.

O diagnóstico é relativamente recente e recebeu o nome de Síndrome de Impacto Femoroacetabular, com incidência em 10% da população e 70% em esportistas. Também é responsável por 50% a 80% de todos os casos de artrose de quadril.

Risco calculado
A síndrome do impacto femoroacetabular pode exigir intervenção cirúrgica, ainda que apenas em casos extremos. Os sintomas da síndrome começam com dores fracas, esporádicas ou contínuas e pioram com a atividade física. O diagnóstico exige um exame clínico acurado, seguido de radiografias, de ressonância nuclear magnética e até de artrorressonância magnética (contraste).

Esse tipo de síndrome é degenerativa progressiva, daí a importância de diagnóstico e tratamento precoces, sob risco de degeneração definitiva das articulações (artrose), mesmo em atletas mais jovens. As cirurgias da síndrome do impacto femoroacetabular podem ser por corte ou artroscopia do quadril (procedimento minimamente invasivo, com duas pequenas incisões para a passagem de cânulas com câmera e instrumentos).

Como é
Na síndrome do impacto femoroacetabular a borda do osso da bacia e a cabeça do fêmur não se encaixam perfeitamente, provocando atrito entre os ossos, com prejuízos para a cartilagem, que se destaca de modo irreversível. Como uma coisa leva à outra, ocorre também lesão no labrum acetabular, que pode progredir para artrose. Esse problema biomecânico acontece nos extremos da amplitude de movimento (dobrado ou rodado para dentro) ou em explosões de força e é incapacitante, tanto em esportistas jovens como nos experientes (o risco é quatro vezes maior depois de 20 anos de treinamento).[/vc_column_text][vc_tabs interval=”0″ el_class=”porquedoi”][vc_tab title=”Causa” tab_id=”1413811986-1-48b05e-1442″][vc_column_text]• Predisposição anatômica do conjunto do quadril
• Alteração mecânica da articulação nos movimentos
• Choque anormal entre o fêmur e a reborda acetabular
• Lesões do labrum, da cartilagem ou de ambos
• Falta de diagnóstico adequado, o que pode fazer a síndrome evoluir para artrose em longo prazo[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Sintomas” tab_id=”1413811986-2-38b05e-1442″][vc_column_text]• Dor na coxa irradiada para dentro da perna ou joelho
• Travamento da musculatura ao sentar, levantar, entrar e sair de carros e utilizar escadas
• Redução da flexão ao caminhar, calçar sapatos etc.
• Dores esporádicas ou contínuas, em queimação ou fisgadas, ou residuais após sobrecargas[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Tratamento” tab_id=”1413812182746-2-2b05e-1442″][vc_column_text]• Medicação, infiltração, fisio e termoterapia, imobilização, pilates, reabilitação e reeducação postural
• Restrição contra impactos e desgaste da cartilagem, mas com manutenção de atividade e condicionamento
• Cirurgias para correção de deformidade óssea e lesão anatômica do labrum ou cartilagem
• Artroscopia para lesão labral ou da cartilagem, com implantação de prótese nos casos mais avançados[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Prevenção” tab_id=”1413812258134-3-9b05e-1442″][vc_column_text]• Orientação sobre treinos, nutrição e escolha do tênis
• Passar por avaliação médica e respeitar o repouso
• Trabalhar grupos musculares com musculação, alongamento, equilíbrio e postura
• Evitar sobrecarga de pesos e exercícios de impacto, flexão e abertura do quadril
• Adaptar-se ao treino antes de elevar a carga[/vc_column_text][/vc_tab][/vc_tabs][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_accordion collapsible=”yes” active_tab=”false” el_class=”porquedoi”][vc_accordion_tab title=”RETORNO ÀS CORRIDAS”][vc_column_text]• Após fortalecimento muscular nas coxas e no quadril
• Com o retorno total da amplitude nos movimentos
• Na ausência total de dores
• Após a restauração das funções do quadril em sustentar peso e os movimentos do corpo[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text](Fontes: Dr. Marcelo Godoi Cavalheiro é médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com especialização em cirurgia do joelho, quadril, artroscopia e artroplastia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas SP, e em medicina esportiva pela University Pittsburgh Medical Center e Rush Hospital Chicago, EUA. Faz parte do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e é coordenador da Artroscopia do Quadril na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]