Por Fernando Bittencourt

Andy Schleck (RadioShack-Nissan) não possui um calendário definido para o próximo ano e parece um pouco confuso quanto a sua participação nas grandes voltas. O Tour de France, grande meta e pedra em seu sapato, por ter sido vice-campeão em 2009, 2010 e 2011, contará em 2012 com um total de quase 100 quilômetros de contrarrelógio e apenas duas chegadas em subida, o que não o beneficiará. Enquanto isso, o Giro d’Italia surge com suas características, repleto de subidas e que pode ser sua alternativa na próxima temporada.

O multicampeão Eddy Merckx também chegou a dar conselhos ao luxemburguês, dizendo que mais valia um título do Giro do que um vice-campeonato do Tour, o que parece ter ficado na cabeça de Andy Schleck. “O Giro me encanta e tornarei a competi-lo. Em 2012? É possível, mas não posso afirmar nada com certeza ainda”, disse o ciclista.

“Estou ligado ao Giro desde 2007 (quando foi vice-campeão) e é uma prova que eu realmente gosto muito. Voltarei a disputá-la, mas não sei dizer quando. Não temos nada acertado para 2012 até então, portanto eu digo que tudo é possível. Nos últimos três Tours fiquei feliz, mas depois do primeiro eu só queira vencer e o Tour deste ano foi muito doloroso por ter perdido para Cadel Evans apenas na crono. A vontade existe e eu sei que há a possibilidade de eu vencer o Tour ainda neste ano, pois leio jornais, revistas e me informo, porém eu não gostaria de vencer o Tour em um tribunal, e sim, fazê-lo pedalando”, concluiu o ciclista, que mencionou o fato de que pode herdar o título do Tour de 2010 caso Alberto Contador seja realmente punido por uso de doping – ele foi flagrado naquela edição da competição francesa com clembuterol.
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