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Por Cesar Candido dos Santos
A imagem do jamaicano Usain Bolt voando baixo na final dos 100 m rasos dos Jogos Olímpicos de Pequim para conquistar a medalha de ouro e, com folga, baixar o recorde mundial para 9s69 impressionou o planeta. Mas, para o norte-americano Mark Denny, professor de biologia da Universidade de Stanford, a marca estabelecida na China ainda pode cair para 9s48.
Denny chegou a esta conclusão após uma série de estudos sobre os limites do ser humano. Porém, apesar de saber que o recorde na prova mais rápida do atletismo ainda tem condições de diminuir 21 décimos de segundo, o professor não consegue explicar como, nem quando, isto pode acontecer.
“Meus resultados mostram que a velocidade tem limites. Mas não é possível saber o que conta para eles serem atingidos”, afirmou o biólogo, que publicou seus estudos na revista Journal of Experimental Biology.
Em suas pesquisas, o norte-americano usou material do século 19, e não se baseou apenas em humanos. Ele também estudou corridas entre cavalos e cachorros, e descobriu que os animais já chegaram aos seus limites, enquanto os homens evoluem para isso.
“Em cada caso, é possível definir um limite de velocidade absoluto. O recorde atual [de Bolt] se aproxima do que se pode prever como um máximo”, disse o professor, de 57 anos, que revelou no estudo que as restrições durante as provas são tanto por fatores físicos quanto psicológicos.
Denny também concluiu que o recorde dos 200 m, que atualmente também pertence a Usain Bolt e é de 19s30, pode chegar a 18s63. Já a marca da maratona dificilmente baixará das suas horas, e o seu limite é de 2h00min47s. Atualmente, o melhor tempo nos 42 km é do etíope Haile Gebrselassie, que cravou 2h03min59s na Olimpíada de Pequim.
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