Por Fernando Bittencourt

O dinamarquês Alex Rasmussen recebeu a informação de que poderá ser suspenso por dois anos, nesta quinta-feira (15). A questão foi levantada pela federação de seu país (DCU), que cogita punir o ciclista por ter estado ausente em três ocasiões, nas quais deveria passar por exames antidoping.

O atleta abandonou a Volta da Grã-Bretanha e, ao voltar para sua casa nesta quinta-feira de manhã, recebeu o comunicado. Além disso, Rasmussen ainda foi repreendido pelas equipes HTC-Highroad e Garmin-Cervélo, que reprovaram a atitude do ciclista. A HTC-Highroad, time pelo qual Rasmussen competia, demitiu o dinamarquês e a Garmin-Cervélo, esquadra pela qual o atleta havia sido contratado para a próxima temporada, cancelou seu contrato imediatamente ao saber do ocorrido.

“Nossa política é rigorosa e, tendo conhecimento sobre a situação, é certo que Alex Rasmussen não fará mais parte de nosso time. Tratamos o doping com seriedade e muita clareza e nossos atletas têm conhecimento disso antes mesmo de assinarem o contrato. Nossas regras não podem ser desrespeitadas e Alex sabe disso”, declarou Johnny Weltz, diretor esportivo da HTC-Highroad.

Rasmussen negou veemente que tenha deixado de comparecer aos exames por consequência de doping, mas reconhece que pode ser suspenso pelas ausências. “Todos me conhecem no meio ciclístico e sabem que sou 100% limpo. A União Ciclística Internacional (UCI) possui armazenada de vinte a trinta exames de sangue meus, por isso também sabem que não faço este tipo de coisa, mas estão fazendo isto (a possibilidade de suspendê-lo) para darem exemplo. Erros estúpidos me custarão dois anos”, disse Rasmussen.

Michael Mørkøv, ex-companheiro de equipe do dinamarquês disse estar surpreso com a notícia. ”É incrível receber esta triste notícia. Realmente é uma decepção para Alex e é triste ver que ele não levou os exames antidoping tão a sério. Tenho a absoluta certeza de que isto ocorreu apenas por conta do desleixo e esquecimento dele. Sei que ele não está escondendo nada, pois é um grande amigo em quem se pode confiar e acreditar sempre”, finalizou.

Suspenso ou não, o certo é que Rasmussen está fora do Mundial de Ciclismo e é a segunda baixa da Dinamarca na competição, que será disputado em Copenhague. O primeiro desfalque do time local foi de sua principal estrela: Matti Breschel (Rabobank), que caiu durante a Vuelta a España e sofreu uma fratura na mão direita.

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