Pubalgia

Atualizado em 04 de dezembro de 2014

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por Ricardo Bassani | Infográfico Erika Onodera[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”14926465399″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full” el_class=”img-porquedoi”][vc_column_text]Você vai estranhar muito se, durante a corrida, sentir fortes  dores na virilha, próximas do osso do púbis, bem atrás dos genitais. No entanto, essa é uma lesão pélvica muito comum, que inclui em sua lista de vítimas atletas amadores e profissionais. Trata-se da pubalgia (“pub” de púbis, “algia” de dor), uma inflamação dolorosa que envolve os ossos do quadril, exatamente em sua união e regiões próximas, principalmente em homens. Uma das principais causas da pubalgia é a sobrecarga de esforços e movimentos repetitivos da corrida. Mas também o excesso de treinos, jogos e exercícios abdominais, a falta de flexibilidade muscular e principalmente a consequência mecânica das passadas, chutes e saltos. Em corredores, pode manifestar-se em um só lado (unilateral) ou em ambas as virilhas.

Como se trata de uma área do corpo com grande incidência de doenças e sintomas similares, o diagnóstico da pubalgia exige um profissional médico especializado, bem como exames específicos (ressonância nuclear magnética, radiografia, tomografia e cintilografia). Assim descarta-se a possibilidade de fratura por estresse ou avulsão do púbis, estiramentos musculares, hérnias, reumatismo, uretrites, cálculo renal, osteomielite e até infecções urinárias e genitais. Sem descobrir a origem correta da dor, pode haver progressão até incapacitar o corredor.

Como acontece
Corrida, saltos e chutes deslocam e torcem o quadril, gerando microlesões e inflamação exatamente no ponto de união do púbis – ossos que formam a bacia (junto ao íleo e ao ísquio) e que também fixam os músculos da parte interna da coxa (adutores) e os abdominais (reto do abdome).

Durante as passadas de um corredor, por exemplo, um lado do púbis tende a subir (pé que toca o solo) e o outro lado, a descer (pé suspenso no ar). Esse movimento só é possível porque a junção do púbis é uma articulação semimóvel (sínfise púbica), mas que sofre estresse pelo excesso de esforço repetitivo, falta de irrigação sanguínea e principalmente pela força cruzada dos músculos da virilha, abdome e laterais do quadril (glúteos médio e mínimo), quando são mais fortalecidos que os outros.[/vc_column_text][vc_tabs interval=”0″ el_class=”porquedoi”][vc_tab title=”Causa” tab_id=”1413811986-1-48e35c-e73a”][vc_column_text]• Prática intensa de corrida, rúgbi, judô, tênis, vôlei, handebol e futebol
• Desequilíbrio de forças entre o reto-abdominal e os adutores da coxa
• Encurtamento dos músculos posteriores da coxa e sobrecarga da musculatura adutora, combinada com a fraqueza dos abdominais
• Excesso ou execução inadequada de exercícios abdominais
• Após a gestação ou inflamações pélvicas (prostatite, infecção urinária)[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Sintomas” tab_id=”1413811986-2-38e35c-e73a”][vc_column_text]• Dores iguais a um estiramento muscular na virilha que evolue,nesta ordem: depois, durante, iíício da corrida, ao caminhar e em repouso
• Irradiação da dor pela coxa, barriga, cintura pélvica, região inguinal, testículos e eventualmente coluna lombar
• Dor ao saltar, subir escadas, cruzar as pernas, sentar e levantar, entrar e sair do carro, agachar ou fazer abdominais
• Dor ao apertar o baixo-ventre do abdome[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Tratamento” tab_id=”1413812182746-2-2e35c-e73a”][vc_column_text]• Repouso, crioterapia, fisioterapia, anti-inflamatórios, hidroterapia, reeducação postural global, massagem e eventual cirurgia
• Reequilibrar as forças musculares do púbis em três fases:
– analgesia
– reforçar a musculatura de modo funcional
– alongar de acordo com a melhora e voltar à corrida progressivamente
• Buscar base para reabilitação final com estabilização para músculos do core, da pelve e que abrem (abdutores) e fecham (adutores) as pernas[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Prevenção” tab_id=”1413812258134-3-9e35c-e73a”][vc_column_text]• Não sobrecarregar o púbis com exercícios, mas obedecer progressão
• Aquecimento e alongamento da região pélvica
• Dosar e compensar movimentos repetitivos do quadril
• Usar tênis com bom amortecimento e adequado ao seu tipo de pisada
• Manter equilíbrio dinâmico do quadril com alongamento específico para a musculatura pélvica (adutores da coxa, isquiotibiais e flexores do quadril), incluindo a correta execução de abdominais
• Procurar médico e diagnóstico logo no início das dores
• Executar programas de exercícios pliométricos (saltos)[/vc_column_text][/vc_tab][/vc_tabs][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_accordion collapsible=”yes” active_tab=”false” el_class=”porquedoi”][vc_accordion_tab title=”RETORNO ÀS CORRIDAS”][vc_column_text]• De 3 semanas a 3 meses, com repouso e tratamento, casos médios
• Até 6 meses para casos graves e, com cirurgia, só depois de 3 meses
• Fora da reabilitação aguda, trabalhar propriocepção para quadril
• Quando realizar, sem dores, exercícios pliométricos (saltos)
• Voltar à atividade em esteiras ou em terrenos com absorção de impactos[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text](Fonte: Henrique Cabrita, doutor em ortopedia pela USP (Universidade de São Paulo), assistente do Grupo do Quadril do Hospital das Clínicas da mesma universidade, médico do Vita, especialista em medicina esportiva, quadril e artroscopia, maratonista, já completou quatro provas de 42 km)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]