Preparados e ansiosos

Atualizado em 25 de maio de 2007
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Por Bruno Romano, de Florianópolis

Apesar de o sol ter aparecido na praia de Jurerê, em Florianópolis, a temperatura continua baixa e o mar bastante frio. Em clima de competição, amadores e profissionais já estão alojados nas redondezas da Cidade Ironman – estrutura criada pelos organizadores com refeitório, exposição de produtos e salas de imprensa – onde foi realizada uma coletiva hoje pela manhã com os principais atletas nacionais e internacionais.

“A prova está cada vez mais disputada”, disse Fernanda Keller, principal aposta brasileira entre as mulheres. No páreo com Fernanda esta Hillary Biscay, americana de 27 anos e acostumada a realizar vários ironman em um mesmo ano – em 2007 ela promete completar entre 6 e 8 provas. “Deixarei tudo na pista e darei o máximo de mim. Se fizer tudo isso e completar a linha de chegada estarei me sentindo muito bem”, declarou Biscay.

Já no masculino a disputa promete. Embora os atletas tenham sido prudentes ao dizer que é impossível saber o que vai acontecer em uma prova como essa, todos afirmaram estar em sua melhor forma. E o homem a ser batido, Oscar Galindez, que teve uma contusão nos últimos meses e já está recuperado disse: “Toda prova é disputada, mas o ironman é mais. Estou recuperado e não usarei isso como desculpa”.

Galindez já venceu a prova brasileira em duas oportunidades, feito compartilhado com o alemão Olaf Sabastschus, que esse ano também marca presença em Florianópolis. Sabastschus se recuperou de um câncer de próstata descoberto em fase inicial no ano passado e se vencer a prova promete doar parte do prêmio para a instituição que criou (Ironman for Cancer). Em tom de brincadeira, Olaf disse para Galindez que esse seria o ano do desempate. Em seguida, mostrou uma bola de futebol e sugeriu uma disputa na praia. Bem humorado, afirmou sobre a prova: “não levem muito a sério, há coisas mais importantes na vida”.

Entre os brasileiros, duas gerações estão na disputa. Reinaldo Colucci, de apenas 21 anos, já completou 6 ironmans e vem de bons resultados neste ano, principalmente nas provas do circuito ITU. “No ano passado estava contundido e não pude participar. Este ano espero fazer uma boa prova”, disse o triatleta, ainda tímido nas palavras, mas já mostrando condições de almejar uma vaga no Havaí.

Mais experiente, Fábio Carvalho, que venceu a última etapa do Troféu Brasil em cima de Colucci – em percurso olímpico – acredita que “não existe um ironman fácil”. O atleta aposta em uma vaga em Kona, mas se falhar, não disputará mais provas de ironman este ano e já tem um segundo plano: “disputar o mundial 70.3 na Flórida”.

Hoje os atletas ainda fazem treinos leves e o reconhecimento dos locais de disputa. Amanhã o dia deve ser de total concentração. A largada está marcada para as 7h do domingo.